O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a chamada fase emergencial no estado e decretou toque de restrição para conter avanço da covid-19 na região. A medida passa a valer a partir do dia 15/3 e dura até o próximo dia 30. A fase emergencial é mais restritiva que a atual fase vermelha, na qual está atualmente todo o estado desde o último dia 6. Medida vai restringir serviços essenciais, pessoas nas ruas, abertura das escolas e impõe toque de recolher das 20h às 5h.
O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (11). Doria destacou que a medida não é um 'bloqueio', mas uma medida mais severa. "Eu quero lembrar que nós não estamos fazendo lockdown, nós estamos fazendo uma fase emergencial. Lockdown é a última das últimas medidas, aquela em que você não pode sair de casa em nenhuma circunstância", pontuou o governador.
A nova classificação prevê restrições a 14 atividades, o que deve restringir a circulação de 4 milhões de pessoas diariamente. Estará vetado o funcionamento presencial de lojas de construção, celebrações religiosas, atividades esportivas coletivas e serviços de retirada de compras ("take away"). Além disso, o home office será obrigatório em atividades administrativas "não essenciais" de órgãos públicos e escritórios.
As 14 atividades com restrições são: escritórios, call center, jurídico e atividades administrativas; estabelecimentos comerciais; administração pública; restaurantes, bares e padarias; transporte coletivo e individual; educação básica; comércio para eletrônicos; tecnologia; comércio para materiais de construção; ensino superior e outros ramos de educação; supermercados e similares; hotelaria; esportes; e telecomunicações. Coordenador do Centro de Contingência do Covid-19, Paulo Menezes calcula que cerca de 40 vidas por dia serão salvas com a medida.
Parques e praias também ficam proibidos durante o período determinado pelo governado. E o uso de máscara fica obrigatório para todos os cidadãos, seja em ambiente interno e, principalmente, externo.
O estado possui a pior taxa de infecções e óbitos provocados pela doença no país. "Infelizmente chegamos ao momento mais crítico da pandemia. Mesmo com todos os esforços que estamos fazendo aqui em São Paulo, seguindo as recomendações de maiores especialistas de saúde, nosso hospitais estão chegando no limite, no limite máximo de ocupação”, disse Doria.
O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, destacou que o número de internados em UTI hoje no estado é 47% maior do que na primeira onda, em 2020. Nesta quinta-feira, 1.065 pessoas estão na fila de espera por um leito de terapia intensiva. Nos últimos 20 dias, o estado tem batido recordes diariamente de pacientes internados em UTI Covid.
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