A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde informaram, nesta quinta-feira (4/2), que a China liberou a primeira remessa do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina Covishield, conhecida popularmente como a vacina de Oxford/AstraZeneca. A aeronave com a carga decola ainda nesta sexta (5/2), de Xangai, e está prevista para pousar no Rio de Janeiro, no sábado (6/2).
A Fiocruz só aguarda a chegada dos insumos para o início da produção, já que a fábrica da fundação está preparada para finalizar as doses e distribuí-las ao Programa Nacional de Imunização (PNI). A remessa era esperada para janeiro e, diante dos atrasos, a fundação postergou para março a previsão de entrega. A primeira estimativa era de ofertar o primeiro milhão de unidades entre 8 e 12 de fevereiro e, nas sequências seguintes, ir aumentando o repasse, gradualmente.
As vacinas produzidas a partir dos 9 mil litros do IFA precisam ainda ser aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que possam ser utilizadas na população. A Fiocruz entrou com pedido de registro da vacina junto à Anvisa na última sexta-feira (29/1). A partir de então, a Anvisa tem 60 dias para decidir se autoriza o uso ou não a vacina de Oxford.
No entanto, a expectativa é que esse prazo seja encurtado, já que, atualmente, metade da documentação já consta com a análise concluída pelos técnicos. A agência afirmou que busca a superação dos prazos "para favorecer o acesso e apoiar as ações para o enfrentamento dessa emergência da saúde pública".
A celeridade é possível uma vez que boa parte da documentação já foi previamente avaliada pela agência, tanto pela concessão do uso emergencial da vacina, quanto por meio do processo de submissão continuada, que permitiu o envio de informações à medida que fossem geradas.
Até o momento, a fundação só havia importado 2 milhões de doses da vacina já pronta da Índia para dar início a vacinação no país e pediu o uso emergencial apenas para essas doses.
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