Morreu o empresário e ex-vereador Masataka Ota, nessa quarta-feira (24/2), em São Paulo. Ele tinha 64 anos, e estava internado para tratar um câncer, no Hospital Sírio Libanês. Masataka ficou conhecido depois que o filho Ives Ota foi assassinado, aos 8 anos, durante um sequestro, em 1997.
Após a morte do filho, Masataka e a esposa, Keiko Ota, fundaram o Instituto Ives Ota, uma ONG que contribui com o trabalho comunitário na Zona Leste de São Paulo, onde a família vivia. O casal também fez campanhas para punições mais severas a crimes hediondos. O tema foi defendido por Masataka em dois mandatos como vereador em São Paulo: de 2013 a 2020.
Junto a Keiko Ota, Masataka fundou o Movimento Paz e Justiça. Ambos ficaram conhecidos nacionalmente por terem se encontrado com os três assassinos do filho e os perdoado. Os acusados, um motoboy e dois policiais, foram condenados e cumprem penas que vão de 43 a 45 anos.
No ano da morte do filho, eles organizaram um abaixo-assinado contra a proposta de redução de pena para crimes hediondos de 30 para 15 anos. Conseguiram 3 milhões de assinaturas, algumas do exterior.
Masataka nasceu em 1956, em Tomigusuku, Okinawa, no Japão. Ele deixa a mulher, Keiko Ota, com quem esteve casado por mais de 30 anos, e três filhos.
Por uma rede social, o ex-governador de São Paulo Márcio Franca lamentou a morte de Masataka.
"Adeus meu amigo. Vai finalmente abraçar seu amado filhinho, Ives Ota", escreveu.
Ichariba Choode !
— Márcio França 40 (@marciofrancasp) February 25, 2021
guwansu
Adeus meu amigo
Vai finalmente abraçar seu amado filhinho, Ives Ota pic.twitter.com/LnQsfg9HUB
Caso Ives Ota
Em agosto de 1997, Ives Ota foi sequestrado de sua casa, na Vila Carrão, zona leste de São Paulo. O grupo pediu um resgate pelo menino e o matou após a criança ter identificado que um dos sequestradores trabalhava como segurança da família.
A criança foi morta a tiros, e o corpo, enterrado dentro da casa de um dos assassinos — um motoboy. Dois policiais militares também participaram do crime.
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