Presos da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia (GO), região metropolitana da capital, iniciaram uma rebelião na tarde desta sexta-feira (19/2). O complexo é o maior do estado, e já foi palco de outras rebeliões. Em uma delas, em 2018, presos tiveram suas cabeças arrancadas.
Durante a rebelião desta sexta-feira, houve até transmissão ao vivo de presos, com quase 10 mil pessoas assistindo. Na última quinta-feira (18), um vigilante penitenciário e sua esposa foram mortos na porta do mesmo complexo. Informação que circula até o momento aponta que a rebelião teria relação com o duplo homicídio.
O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás (OAB-GO), Gilles Gomes, que está na porta do presídio, pontuou que fala-se, no momento, que a rebelião teria sido iniciada após presos serem pressionados a dizer quem seria o autor do assassinato do agente e sua esposa, mas que são apenas informações preliminares, sem confirmação..
Informações preliminares que chegaram a ele também apontam presos feridos por tiros de bala de borracha e projéteis letais de arma de fogo. Em um vídeo obtido pela reportagem, um preso diz: "Tá dando tiro de verdade, doutor. Olha aí, o 'bagulho' tá doido". Em outras imagens, outro detento também diz que um preso foi atingido por "tiro de verdade". "Tá atirando em todo mundo aqui. Vai ser um massacre geral", disse.
Gomes, que é também conselheiro penitenciário, afirmou que o cenário do complexo é dramático há anos, com más condições aos detentos.
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