Violência

Policial é preso suspeito de atirar e matar criança no Rio de Janeiro

De acordo com a Polícia Civil, houve contradições nas declarações dos policiais militares que participaram da operação que terminou com a morte de Ana Clara Machado, de 5 anos

Hellen Leite
postado em 03/02/2021 11:01 / atualizado em 03/02/2021 11:04
 (crédito: Redes sociais)
(crédito: Redes sociais)

Um policial militar foi preso em flagrante, suspeito de ser o autor dos disparos que mataram a menina Ana Clara Machado, de 5 anos, na terça-feira (2/2), em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

De acordo com a Polícia Civil, "houve a comprovação de contradições nas declarações dos policiais militares". Isto, em comparação com as declarações das demais testemunhas e da perícia realizada no local, resultou na prisão em flagrante do agente, informou a corporação. As armas de todos os policiais envolvidos no confronto foram apreendidas para confronto balístico.

Em nota, a Polícia Militar informou que "o comando da Corporação instaurou um procedimento apuratório interno para verificar as circunstâncias da ação. Dois fuzis utilizados pelos policiais foram recolhidos pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí para perícia".

Criança brincava na porta de casa

Ana Clara estava brincando com o irmão na porta de casa, que fica na comunidade Monan Pequeno, em Pendotiba, quando foi atingida por dois tiros. A PM informou que os agentes faziam patrulhamento para verificar denúncias de roubos e teriam sido surpreendidos por cinco suspeitos que, segundo relatos da equipe, abriram fogo contra os policiais.

Os policiais também contaram que ouviram gritos de moradores pedindo socorro para uma criança baleada. Em seguida, uma viatura levou Ana Clara para o hospital, mas ela não resistiu ao ferimento e morreu enquanto recebia atendimento médico.

Em entrevista ao RJ TV 2, da Rede Globo, a mãe da criança, Cristiane da Silva, acusou a PM de ser a responsável pelos tiros que atingiram Ana Clara. Ela afirmou que ouviu um policial falar para outro "você fez besteira", referindo-se aos dois disparos que alvejaram a criança.

"Eu gritava para ele socorrer minha filha, que estava com um osso exposto. Fiquei gritando 'salva minha filha', e ele pegou a Ana Clara de qualquer jeito; botou dentro da viatura. Eu falei 'vocês mataram a minha filha, acabaram com a minha vida", disse.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação