Sem o recebimento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para finalizar a produção de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) negocia o envio de vacinas prontas, com o objetivo de não atrasar as entregas ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Em nota divulgada nesta segunda-feira (25/1), a fundação disse, ainda, que há sinalização de envio de matéria-prima em 8 de fevereiro.
Um desses esforços tem sido a negociação junto ao Instituto Serum, na Índia, de doses de vacinas prontas adicionais para além dos dois milhões que chegaram ao Brasil. De acordo com o presidente do Consórcio Nordeste e coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores, o chefe do executivo do Piauí, Wellington Dias, 10 milhões de doses preparadas para aplicação são esperadas para chegar até 8 de fevereiro. "Isso permite prosseguir nosso cronograma de vacinação".
No entanto, a Fiocruz ainda não cravou um número. “A negociação segue em andamento e ainda não há um quantitativo acertado. O processo conta com o apoio do governo da Índia e da AstraZeneca, que vem colaborando em todo o esforço de antecipação das vacinas frente às dificuldades alfandegárias para exportação do IFA na China”, disse a fundação em nota.
O envio do primeiro lote de matéria-prima, previsto para ocorrer em 8 de fevereiro, é necessário para a produção de 7,5 milhões de doses. Segundo a nota da Fiocruz, este lote já está pronto para embarque, no local de fabricação, e aguarda apenas a emissão da licença para a exportação e conclusão de procedimentos alfandegários. E mesmo com a sinalização de envio, a Fiocruz ressalta que ainda não há confirmação.
“Há uma sinalização de 8 de fevereiro para envio da carga, mas ainda sem confirmação, já que a licença para exportação, a ser concedida pelas autoridades chinesas, segue pendente”. A Fiocruz esperava, até janeiro, o suficiente para produzir 15 milhões de doses, o que não ocorreu.
Mesmo com os atrasos, a fundação afirma que conseguirá cumprir a meta de fornecer 100,4 milhões de doses no primeiro semestre; e outras 110 milhões, de produção inteiramente nacional a partir da incorporação da tecnologia, no segundo semestre.
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