O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (22/01) que pessoas que furam fila da vacina contra a covid-19 demonstram falta de solidariedade e até de caráter.
“É necessário que as pessoas se conscientizem de que cada um tem de comparecer de acordo com o seu grupo para ser vacinado e não atropelar o processo. Isso aí denota uma falta de solidariedade e até de caráter”, apontou a jornalistas, no Palácio do Planalto.
Segundo o general, a previsão é de que, até o final do ano, o país tenha 150 milhões de vacinados. “Se cada um avançar na hora que tá previsto, aí nós vamos chegar ao fim do ano com 150 milhões de pessoas vacinadas e a uma situação bem confortável”, completou.
Por fim, Mourão relatou que há uma corrida mundial pelas vacinas e que é necessário observar o placar mundial de vacinação. “A corrida da vacina está causando problema no mundo inteiro, porque a quantidade de gente a ser vacinada é enorme, a quantidade de insumos produzidos não está dentro das necessidades. Então, é importante acompanhar o placar mundial de vacinação. Até quarta-feira nós estávamos com 46 milhões de pessoas vacinadas no mundo inteiro”, finalizou.
Oportunismo
Os ministérios públicos estaduais e federal apuram ao menos oito episódios de oportunismo em cidades de Amazonas, Pernambuco, Ceará, Pará, Paraíba, Bahia, Natal e Sergipe. O primeiro caso a vir à tona foi em Manaus, exatamente onde existe uma crise de falta de leitos e de oxigênio na rede pública de saúde, que causou, dias atrás, várias mortes por asfixia e obrigou a prefeitura do município e o governo do estado a repassarem pacientes de covid-19 para outras unidades da Federação.
Recém-formados em medicina, David Dallas, filho do deputado estadual Wanderley Dallas (Solidariedade), e as gêmeas Gabrielle e Isabelle Kirk Lins, filhas de um empresário local, fizeram questão de publicar que estavam recebendo a CoronaVac. Das irmãs, uma foi nomeada pela prefeitura na véspera, enquanto os outros dois foram contratados no dia da vacinação. Por conta disso, a prefeitura suspendeu a campanha de imunização a pretexto de uma “reformulação” A decisão foi forçada pelo Tribunal de Contas do estado, que havia alertado para episódios de gente furando fila.