A Índia enviará, nesta sexta-feira (22/1), a primeira remessa de doses prontas da vacina da Universidade de Oxford com a AstraZeneca ao Brasil. Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro repostou a informação antecipada pela agência Reuters.
“O governo da Índia liberou as exportações de vacinas contra a covid-19, e as primeiras remessas serão enviadas nessa sexta-feira para o Brasil e Marrocos, disse o secretário de Relações Exteriores da Índia”, escreveu Bolsonaro.
Mesmo com o incêndio no Serum Institute of India, maior fabricante mundial de vacinas e fornecedor das doses que virão ao Brasil, o envio não foi afetado, assim como a produção de vacinas contra a covid-19, segundo a imprensa indiana.
A expectativa é que os dois milhões de doses cheguem ainda nesta sexta-feira ao país. Apesar de pronta e à disposição do governo federal, a aeronave da Azul só será usada em um trecho interno, já que as próprias autoridades indianas se incumbiram de transportar os imunizantes
“A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao Aeroporto de Guarulhos e, após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro”, informou o Ministério da Saúde.
Espera
Pouco antes, na manhã desta quinta-feira (21), o ministro Eduardo Pazuello havia dito que não havia data para a importação das vacinas. “Com relação à vinda das vacinas da Índia, as notícias são muito boas, mas não há a data exata da decolagem. Ela será dada nos próximos dias. Próximos dias é muito próximo, por causa da posição indiana nesse desenho, não nosso”, disse o ministro, após evento de lançamento do projeto ImunizaSUS, do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Desde semana passada, o Brasil espera a chegada das doses e programava iniciar a campanha de vacinação contando com o imunizante produzido em parceria com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca. Por enquanto, somente a CoronaVac está sendo distribuída à população.
No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem acordo de transferência tecnológica da vacina de Oxford. Porém, a fundação ainda depende da importação das doses prontas e do ingrediente farmacêutico ativos (IFA) neste primeiro momento. Até o fim do ano, a instituição planeja entregar 210,4 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunização (PNI).