Para passar a integrar oficialmente a fila da vacina, o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, o veterinário Lauricio Monteiro Cruz, incluiu sua classe profissional no grupo prioritário a receber o imunizante. O documento, divulgado na última segunda-feira (18/1), também solicita que “todos os postos dos municípios, estados e do Distrito Federal disponibilizem a vacina” aos veterinários que apresentarem a carteirinha profissional.
Em meio à escassez das doses, a inclusão de médicos veterinários é acompanhada de médicos e enfermeiros que estão na linha de frente da Covid-19. Cruz, que é veterinário, também preside o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal, órgão responsável por fiscalizar o setor e expedir carteiras profissionais.
No ofício do Ministério da Saúde, assinado por Cruz, ele informa que se baseia em um informe da própria pasta, que caracteriza os grupos prioritários incluídos no plano de imunização. A resolução, que dá a mesma prioridade a médicos de enfrentamento da pandemia e veterinários, é a de nº 287 de 1998, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que considera que categorias como enfermeiros, fisioterapeutas e veterinários são profissionais de saúde como quaisquer outros.
“Os médicos-veterinários atuam em diversas frentes e estão inseridos nas clínicas, hospitais, defesa sanitária, desempenhando atividades que vão desde a gestão até a vigilância de zoonoses, vigilância ambiental em saúde, epidemiológica e sanitária, o que os torna mais suscetíveis à doença”, disse o diretor no documento.
No dia 11 de janeiro, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) solicitou ao Ministério da Saúde que informasse se veterinários e profissionais da área faziam parte do grupo prioritário para receber o imunizante. “Visto que os estabelecimentos veterinários não estão inseridos no rol do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde”, o Conselho ainda queria saber como os profissionais poderiam comprovar o vínculo empregatício com hospitais.
O Correio tentou contato o Ministério da Saúde para saber se profissionais veterinários receberiam a dose da vacina em caráter emergencial, mas ainda não teve retorno.
*Estagiária sob a supervisão de Ed Wanderley