Pandemia

Amazonas requisita estoques de oxigênio de empresas para atender hospitais

Companhias instaladas no Polo Industrial de Manaus começaram a responder à notificação da Secretaria de Saúde nesta sexta-feira. A medida é uma maneira de tentar reverter o colapso da rede hospitalar devido ao rápido crescimento do contágio da população pelo novo coronavírus

Em meio à situação caótica vivida em Manaus pela falta de oxigênio nos hospitais da cidade, a Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) determinou, de maneira extrajudicial, na última quinta-feira (14/01) a requisição administrativa de "eventual estoque ou produção de oxigênio" de empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) para o enfrentamento da crise. A decisão do secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo, tem como base as leis nº 13.979/20 e nº 8.080/90.

As empresas notificadas foram a Gree Eletric; Moto Honda; Yahama Motor; Electrolux; TPV; Whirlpool; Sodecia da Amazônia; Denso Industrial da Amazônia; Caloi; Flextronics International; Cometais; LG Eletronics; Semp TCL; Ventisol; Carrier; Daikin; e Samsung. Além dessas empresas, as produtoras de oxigênio White Martins e Nitron da Amazônia foram acionadas judicialmente para regularizar o abastecimento, mas alegam não poder suprir as demandas uma vez que os pedidos cresceram enormemente nos últimos dias.

“É uma demanda sem precedentes. Estamos nos esforçando ao máximo, além da nossa capacidade, para não deixar faltar o produto na região”, comunicou, em nota, a White Martins. A empresa também divulgou que está deslocando carregamentos de outros locais para suprir as demandas do estado.

Nesta sexta-feira (15/01), a Samsung informou que irá doar seu estoque de oxigênio. A Honda também avisou que doou, de maneira espontânea, 14 cilindros de oxigênio, dos quais 12 serão levados para a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) e os outros para o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV).

*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo

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