O governo federal elevou o imposto sobre a importação de cilindros de oxigênio duas semanas antes do colapso na rede hospitalar de Manaus. Nesta quinta-feira (14/1), as unidades de saúde da capital amazonense ficaram sem estoques de oxigênio.
Os cilindros para armazenamento de gases medicinais eram um dos produtos que estavam isentos desde março de 2020, por ser considerado essencial para o combate à pandemia.
Resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex), de 24 de dezembro de 2020, revogou a medida a partir de 1° de janeiro de 2021. Dessa forma, voltou a ser cobrado o imposto de 14% sobre os cilindros de ferro e de 16% sobre os de alumínio. Outros produtos, como álcool 70% e respiradores, também voltaram a ser cobrados o imposto.
Ao mesmo tempo em que o governo voltou a tarifar itens essenciais para combate à pandemia, foram zeradas as tarifas de importação de revólveres e pistolas em dezembro.
Situação Amazonas
Desde quinta-feira, pacientes estão sendo transferidos de Manaus para outras capitais devido à falta de oxigênio. O governo do Amazonas ainda pediu a transferência de 60 bebês prematuros que correm risco de ficar sem o insumo.
Um ala inteira de pacientes morreu em um hospital da cidade pela falta do gás. O consumo médio de oxigênio em Manuas passa de 70 mil metros cúbicos por dia, mais do que o dobro que a cidade precisou no pico da pandemia em 2020, que foi de 30 mil metros cúbicos.