Oito meses após fazer a primeira visita ao Amazonas como membro do Ministério da Saúde, ainda na função de secretário-executivo, o ministro Eduardo Pazuello retorna ao estado pelo mesmo motivo: auxiliar na falta de controle da pandemia. Na companhia dos secretários da pasta, o general apresenta hoje ações de reforço ao plano de contingência para enfrentamento da covid-19 na unidade federativa.
O Amazonas vive um novo recrudescimento da doença e, ontem, confirmou mais 22 mortes e 965 casos, totalizando 213.961 infecções e 5.701 vidas perdidas. Tal como ocorreu entre maio e julho de 2020, os hospitais não estão suportando a demanda de pacientes e os cemitérios estão sobrecarregados. Na capital amazonense, somente no domingo foram enterradas 144 pessoas, 62 com resultados positivos para a covid-19 — recorde de enterros diários em Manaus desde o início da pandemia.
Diante do caos, a linha de frente do Ministério da Saúde se reúne com o governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima, e o prefeito de Manaus, Davi Miranda. O objetivo é reforçar os atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). “Entre as ações, estão a reorganização do atendimento nos postos de saúde e hospitais, o recrutamento de profissionais de saúde e a abertura de leitos de UTI, além do envio de equipamentos, insumos e medicamentos”, diz nota oficial da pasta.
Nova linhagem
O estado enfrenta, ainda, a circulação de 11 linhagens do novo coronavírus, segundo levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Japão também identificou uma nova variante vinda do Amazonas em quatro viajantes brasileiros que desembarcaram em Tóquio, no aeroporto de Haneda, em 2 de janeiro. “Até o momento, não há indícios que mostram que a nova variante encontrada nos brasileiros é altamente infecciosa”, disse Takaji Wakita, chefe do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão. (BL)