O Instituto Butantan informou nesta quinta-feira (7/1) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que a vacina CoronaVac, feita em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, tem uma eficácia de 78% em casos leves e 100% em casos graves. As informações foram confirmadas pelo governo de São Paulo em coletiva de imprensa.
O percentual significa que a cada grupo de 100 pessoas que recebem as duas doses do imunizante, 78 estarão efetivamente imunizadas contra a covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda percentual mínimo de 50% de eficácia para que um imunizante seja registrado.
No caso das ocorrências graves da doença, a eficácia é de 100%. Anteriormente, em coletiva de imprensa, realizada em 23 de dezembro, o diretor do Butantan, Dimas Covas, já havia informado que o grau de proteção do imunizante em relação a casos graves foi de 100%.
Nesta quinta-feira (7), Covas afirmou que dos 12 mil voluntários, em metade foram aplicadas doses da vacina e a outra metade recebeu um placebo. O estudo foi feito pelo Butantan em parceria com 16 centros clínicos em oito estados brasileiros. Todos os voluntários, pode serem de áreas da saúde, tiveram um risco maior de infecção, segundo Covas, uma vez que cuidavam de pacientes com o víru
O governador João Doria celebrou o que chamou de "esforço de São Paulo pelo Brasil". "É um momento histórico que nos orgulha. Hoje é o dia da esperança. A vacina do Butantan é a vacina de São Paulo e a vacina de São Paulo é a vacina do Brasil", comemorou.
Eficácia de 100%
Nesta quinta, foi confirmado também que, em casos graves, casos moderados e internação hospitalar, a vacina tem eficácia comprovada de 100%. Ou seja, nenhum voluntário do grupo vacinal do estudo clínico da CoronaVac desenvolveu um caso de covid-19 considerado grave, moderado ou precisou de internação.
Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Isabella Ballalai ressaltou que a eficácia apresentada para casos leves e graves é excelente. "A gente recebe essa notícia com esperança, pensando em vê-la (a vacina) aplicada na população. Quase 80% de eficácia em casos leves, a gente tem a possibilidade de que a covid-19 não seja mais uma doença perigosa", disse.