Coronavírus

Covid-19: São Paulo garante que começa a vacinação no dia 25

Governo do estado anuncia que começará a imunizar com a CoronaVac um primeiro grupo de pessoas, composto por quem tem 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, indígenas e quilombolas. Fármaco, porém, ainda depende de homologação pela Anvisa

Apesar de o Instituto Butantan ainda não ter solicitado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial da vacina CoronaVac, o governo de São Paulo mantém a previsão de início do plano estadual de imunização contra o novo coronavírus para 25 de janeiro. A expectativa foi reforçada, ontem, pelo secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, durante a reunião do governo paulista com os prefeitos eleitos em novembro passado. O plano do governo é imunizar nove milhões de pessoas até 28 de março.

Isso porque a primeira fase da vacinação, que vai de 25 de janeiro até 28 de março, tem como público-alvo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, indígenas e quilombolas –– que, juntos, somam nove milhões de pessoas. “O programa estadual de imunização vai ocorrer e está absolutamente desenhado para o seu início a partir do dia 25 de janeiro. Para que esse plano seja um plano de exemplo ao país, nós precisamos de cada um de vocês, do apoio de cada um dos municípios”, reforçou o secretário de Saúde.

“Essa primeira fase finaliza em 28 de março. Serão nove semanas de duração e estarão contempladas duas doses da vacina por pessoa, intervaladas em 21 dias”, explicou. Para dar conta da demanda, Gorinchteyn indicou que os locais de vacinação serão ampliados para até 10 mil unidades. Além dos 5.200 postos oficiais de imunização espalhados pelos municípios de São Paulo, os gestores poderão contar com escolas, quartéis da Polícia Militar, farmácias e até mesmo um sistema drive-thru para atender a população.

Mesmo sem a liberação da Anvisa, Gorinchteyn ressaltou que a CoronaVac, que será usada no plano de vacinação estadual, mostrou-se segura. O governo paulista ainda não divulgou os dados de eficácia por questões contratuais, mas, hoje, o governador João Doria divulgará, no Butantan, mais informações sobre o imunizante. O que se espera é que ele e Dimas Covas, diretor do instituto, apresentem o percentual de cobertura da vacina.

Dificuldades

O Butantan se reuniu, ontem, com a Anvisa, mas a agência informou que não recebeu nenhum pedido para uso emergencial ou pedido de registro. Mesmo sem apresentar os números, Gorinchteyn reforçou que a CoronaVac atingiu os índices exigidos pelas autoridades de saúde.

Durante a apresentação feita aos prefeitos, o secretário ainda reforçou que enfrenta dificuldades para acertar as tratativas da compra da CoronaVac com o Ministério da Saúde. “O programa estadual de imunização foi solicitado frente a algumas dificuldades que, estamos ainda tendo, com as tratativas com o Ministério da Saúde”, afirmou.