Covid-19

SP mantém data de vacinação e planeja imunizar 9 milhões até 28 de março

Governo paulista deve divulgar os dados de eficácia da chinesa CoronaVac nesta quinta-feira (7/1), durante coletiva de imprensa no Instituto Butantan

Apesar de ainda não ter solicitado, via Instituto Butantan, o uso emergencial da vacina CoronaVac, o governo de São Paulo manteve a previsão de início do plano estadual de imunização contra o novo coronavírus para 25 de janeiro. A expectativa foi reforçada pelo secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, durante a reunião do governo paulista com os prefeitos recentemente eleitos, nesta quarta-feira (6/1). De acordo com Gorinchteyn, o governo deve vacinar nove milhões de pessoas até 28 de março.

“O programa estadual de imunização vai ocorrer e está absolutamente desenhado para o seu início a partir do dia 25 de janeiro. Para que esse plano seja um plano de exemplo ao país, nós precisamos de cada um de vocês, do apoio de cada um dos municípios”, reforçou o secretário.

A primeira fase da vacinação que vai de 25 de janeiro até 28 de março tem como público alvo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, indígenas e quilombolas. Juntos, esses grupos somam nove milhões de pessoas. “Essa primeira fase finaliza em 28 de março. Serão nove semanas de duração e estarão contempladas duas doses da vacina por pessoa intervaladas em 21 dias”, explicou.

Durante a apresentação feita aos prefeitos, o secretário ainda reforçou que enfrenta dificuldades para acertar as tratativas da compra da CoronaVac com o Ministério da Saúde. “O programa estadual de imunização foi solicitado pelo governador João Doria já em setembro frente a algumas dificuldades que ainda estamos tendo com as tratativas com o Ministério da Saúde. Dessa maneira, o governador entendia que não era justo nós continuarmos a perder vidas se a única forma de prevenir seria não só com assistência, mas através da vacinação”, afirmou.

CoronaVac

Gorinchteyn ressaltou que a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e pela empresa chinesa Sinovac, que será usada no plano estadual de vacinação de São Paulo, se mostrou segura. “A vacina do Butantan já se mostrou uma vacina segura nas três fases do seu estudo, mostrou capacidade de produzir defesa. Nessa terceira fase, tivemos a eficácia estabelecida, com todos os índices exigidos tanto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).”

Apesar de declarar que a CoronaVac atingiu o índice de eficácia exigido pela OMS, que é de 50%, o governo de São Paulo não divulgou o número por questões contratuais. Em entrevista à Rádio Bandnews, na última segunda (4), o secretário de Saúde informou que esses dados devem ser divulgados até quinta (7).

O governador João Doria indicou que amanhã o governo de SP fará uma coletiva de imprensa às 12h45, no Instituto Butantan.

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