A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou, nesta segunda-feira (4/1), os dois primeiros casos no Brasil da variante inglesa, descoberta no Reino Unido e que estudos acreditam ser uma forma mais contagiosa do novo coronavírus. Uma mulher de 25 anos, que teve contato com viajantes que passaram pelo território britânico, e um homem de 34 anos com o qual ela teve contato tiveram diagnóstico confirmado.
“A investigação epidemiológica sobre ambos os casos está em andamento e, por isso, não há mais detalhes sobre quadro clínico e sintomas apresentados pelos pacientes”, informou a Secretaria de Saúde de São Paulo. A identificação foi concluída pelo Instituto Adolfo Lutz, que sequenciou as amostras encaminhadas no último dia 2 de janeiro pelo laboratório Dasa.
De acordo com estudos apresentados no Reino Unido, a nova variante é de 50 a 74% mais contagiosa, mas não se sabe se a cepa é mais ou menos letal do que as já conhecidas. O Adolfo Lutz, no entanto, contesta. “Até o momento, não há comprovação científica de que esta variante inglesa encontrada no Brasil é mais virulenta ou transmissível em comparação a outras previamente identificadas - o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude e fatores demográficos e climáticos, por exemplo”.
Diante das investigações brasileiras para averiguar se chegou ao país a variante, a Agência Nacional de Vigilância em Sanitária (Anvisa) publicou , na sexta-feira (1º/1), uma nota técnica recomendando aos laboratórios adoção de medidas que favoreçam diagnósticos mais amplos, capazes de detectá-la.
A cepa já foi encontrada em vários países, incluindo China, Canadá, Estados Unidos, Portugal, França, Jordânia, Coreia do Sul e Chile.