Enquanto o Planalto insiste em reivindicar a autoria dos esforços para fazer chegar mais doses da CoronaVac ao Brasil, o governo de São Paulo reitera que não houve, por parte das instâncias federais "participação na liberação de insumos chineses para a vacina do Butantan". Pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a importação de 5,4 mil litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), atribuindo o empenho aos ministros da Saúde, Relações Exteriores e Agricultura.
Segundo Bolsonaro, o produto já está liberado e "em área aeroportuária para pronto envio ao Brasil, chegando nos próximos dias", escreveu o mandatário. O Instituto Butantan confirmou a autorização mas, o governo de SP alegou que os ingredientes "não estão no aeroporto conforme equivocadamente publicado pelo Presidente da República, mas sim nas instalações da Sinovac, em Pequim".
A pasta paulista também foi enfática ao atribuir às liberações por iniciativa do próprio estado. "Todo o processo de negociação com o governo chinês [...] para a vacina do Butantan foi realizado pelo instituto e pelo governo de São Paulo", com articulações que começaram em maio de 2020.
"Esta negociação é contínua e nunca foi interrompida, mesmo quando o governo federal, através do presidente da República, anunciou publicamente em mais de uma ocasião, que não iria adquirir a vacina por causa de sua origem chinesa", critica a nota paulista.
O embate continuou também pela nota oficial divulgada pelo próprio Ministério da Saúde, reiterando o papel da esfera federal. "A continuidade do recebimento dos insumos para a fabricação das vacinas pelo Butantan voltou à normalidade, graças à ação diplomática do governo federal com o governo chinês, por intermédio da Embaixada Chinesa no Brasil. Fica aqui o nosso agradecimento a todos que ajudaram nessa liberação", disse, ainda, o ministro Eduardo Pazuello, em vídeo gravado nesta segunda-feira (25/1).
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