Vacinação contra covid-19

Doria anuncia nova remessa de matéria-prima da CoronaVac nesta terça

Governador de São Paulo confirmou reunião "bastante conclusiva" com o embaixador da China, Yang Wanming, nesta terça (26/1). E disse que pretende sair do encontro com a definição da quantidade de novas doses a serem envasadas pelo Instituto Butantan

Bruna Lima
Maria Eduarda Cardim
postado em 25/01/2021 14:35 / atualizado em 25/01/2021 14:45
 (crédito: Wang Zhao/AFP - 24/9/20)
(crédito: Wang Zhao/AFP - 24/9/20)

Sem definir a data para o envio do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), o governador do estado de São Paulo, João Doria, afirmou, em coletiva, nesta segunda-feira (25/1), que irá se encontrar virtualmente com o embaixador da China,Yang Wanming, amanhã para definir o calendário da nova remessa e a quantidade de doses que o Instituto Butantan conseguirá disponibilizar a partir da entrega. A resposta será dada logo após a reunião que, segundo Doria, será "bastante conclusiva".

"Amanhã, ao término dessa conferência com o embaixador da China, já poderemos anunciar os novos lotes da vacina e a quantidade", garantiu Doria. O governador também reiterou o compromisso do Instituto Butantan em entregar, até 30 de janeiro, as 4,8 milhões de doses da CoronaVac que já obtiveram o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial.

O ex-presidente Michel Temer, que também participou da coletiva com outros dois ex-mandatários, comentou sobre as tratativas com as autoridades chinesas. Temer auxiliou o estado de SP nas conversas com a China, a pedido de Doria. "Pela manhã falei com o embaixador da China no Brasil. A notícia é que os insumos estão sendo acondicionados. Há uma pequena questão técnica na China, mas virão para o Brasil. Tanto para o Instituto Butantan quanto para a Fiocruz", afirmou.

Temer ainda citou a atuação não só das autoridades estaduais para agilizar o envio, mas do âmbito federal, incluindo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ). "Aquela tese de que todos estão trabalhando para insistir na remessa o mais rápido possível", completou.

Diplomacia

Doria evitou criticar diretamente a diplomacia do governo federal, que foi cobrada por ele mesmo e pelo presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, na última semana. No entanto, alfinetou o governo Bolsonaro ao afirmar que São Paulo sempre respeitou a China.

“Não quero fazer juízo sobre o Ministério das Relações Exteriores. Mas faço juízos sobre o governo de São Paulo. Aqui sempre respeitamos a China, tratamos de forma igual e agradecemos a solidariedade”, disse.

Na última semana, o tom adotado por Doria e Dimas Covas foi mais duro. Na terça-feira (19/1), o presidente do Butantan pediu que o presidente Jair Bolsonaro tivesse "dignidade" e determinasse empenho do Ministério de Relações Exteriores na negociação com o governo da China.

Já o governador de São Paulo na última semana disse que “se o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos pararem de falar mal da China, isso já ajuda bastante”. No entanto, durante a coletiva desta segunda (25), Doria disse que a diplomacia cabe ao governo federal. “Ele é quem tem a responsabilidade da diplomacia. O que fizemos aqui foi uma relação profícua, positiva, construtiva e extremamente respeitosa com a China”, completou.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação