A vacinação com o imunizante da Universidade de Oxford e do Laboratório AstraZeneca em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou neste sábado (23/1), uma semana após o recebimento da autorização para o uso emergencial do imunizante. A primeira pessoa vacinada foi o o infectologista Estevão Portela, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Em seguida, recebeu o imunizante a médica pneumologista Margareth Dalcolmo, do Centro de Referência Professor Helio Fraga, e Sarah Ananda Gomes, médica do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, e é filha de Leonardo Ananda, consul da Índia em Belo Horizonte. Os três trabalham na linha de frente do combate à covid-19. Outros sete profissionais da Fiocruz foram imunizados neste sábado. A imunização ocorreu na cerimônia de de recepção das vacinas que ocorre em Bioanguinhos/Fiocruz no Rio de Janeiro.
"É uma dia simbólico, sobretudo de muita confiança e um dia de homenagear todos os profissionais de saúde do Brasil inteiro. Todas as vacinas são de excelente qualidade e seguras. Podemos tomar com toda confiança", destacou Margareth Dalcolmo, logo depois de ser vacinada.
As vacinas que serão distribuídas pelo Brasil deixaram a Fiocruz por volta das 17h20 deste sábado (23/1).
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, agradeceu a todos os funcionários da Fiocruz que tornaram este momento possível. "Neste momento de agravamento dos casos ao mesmo tempo temos essa chama de esperança", afirmou.
Segundo o diretor de Biomanguinhos/Fiocruz, Maurício Zuma, as duas milhões de doses poderão ser usadas todas, sem guardar as das segunda dose, já que é possível esperar 12 semanas para a aplicação do reforço. A expectativa da Fiocruz é começar a produção própria nas próximas semanas. "Existe uma expectativa muito grande pelas vacinas. Hoje é um dia especial. os estudos científicos já comprovaram que é uma vacina de excelente qualidade. Essas 2 milhões de doses poderão vacinar 2 milhões de pessoa imediatamente, a segunda dose poderá se aplicada daqui a 12 semanas", explicou.
A vacina da Oxford/AstraZeneca apresentou 70% de eficácia contra a covid-19 e 100% contra casos graves e mortes provocadas pela doença. Segundo a Fiocruz, o imunizante já apresenta proteção com 22 dias após a primeira dose do imunizante.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não esteva presente por está acompanhando a distribuição das vacinas em Manaus. O Amazonas receberá 5% dos imunizantes devido a grave crise na saúde que o estado vive.
As vacinas da Fiocruz
As duas milhões de doses da vacina chegaram ao Rio de janeiro na madrugada desta sexta-feira (22/1) vindas da Índia. Elas foram produzidas pelo laboratório Serum e compradas pelo governo federal. Neste sábado (23/1), as doses começaram a ser distribuídas aos estados, que receberão as vacinas entre este sábado e domingo.
A Fiocruz teve autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial da vacina de Oxford/ AstraZeneca em 17 de janeiro.
As doses se juntam as outras 6 milhões da CoronaVac que já foram distribuídas pelo país. A vacinação contra a covid-19 começou no Brasil em 17 de janeiro. Nesta sexta-feira, outras 4,1 milhões de doses da CoronaVac (o número previsto de 4,8 milhões foi reavaliado pelo Butantant) vacina do laboratório Sinovac em parceria com os Instituto Butantan, foram autorizados pela Anvisa para uso emergencial.
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