O sistema de saúde de Porto Velho, em Rondônia, entrou em colapso neste sábado (23/1). As informações foram concedidas pelo prefeito da cidade, Hildo Chaves (PSDB), em coletiva de imprensa. De acordo com o chefe do Executivo local, a rede municipal não tem mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis para a população.
Ele pediu que os moradores evitem aglomerações e fiquem em casa pelo maior período de tempo possível. "Qualquer um aqui presente, se precisar de leito de internação, provavelmente não vai conseguir ser internado e, dependendo da gravidade, poderá sim vir a óbito", alertou. "Se você está cumprindo a recomendação do governo, permaneça em casa e se proteja porque é real a chance de você morrer de coronavírus em Porto Velho", disse Hildo.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital de Rondônia tem população estimada em 539 mil habitantes. De acordo com o prefeito, a situação é mais caótica do que a registrada no pico da primeira onda da pandemia. "Hoje, todo mundo está acompanhando o que está acontecendo em Manaus (AM). Estamos muito perto de viver aqui, na nossa cidade, de Porto Velho, e no nosso estado de Rondônia, uma tragédia humanitária", completou.
Na quinta-feira (21/1), reportagem do Correio alertou que relatório em posso do governo federal indica que o colapso da saúde já começou em quatro estados: Rondônia, Roraima, Pará e Rio de Janeiro. O temor é de que essas regiões apresentem um cenário de caos, como o registrado no Amazonas, com estoques de oxigênio zerado e falta de leitos de UTI para garantir a vida dos pacientes. Infectados com covid-19 foram transferidos de Manaus para outros estados. Como o problema permaneceu, o Ministério da Saúde planeja transferir pacientes sem covid-19 para evitar mortes por falta de vagas para internações nos hospitais.
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