Informativo conjunto divulgado nesta terça-feira (19/1) pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) ressalta que as evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no tratamento precoce para a covid-19 até o presente momento. A carta também chama atenção para o momento crítico da pandemia vivido pelo Brasil e o impacto da disseminação de fake news no combate à pandemia do novo coronavírus.
O documento destaca que pesquisas clínicas com medicações antigas indicadas para outras doenças e novos medicamentos estão em processo. “Atualmente, as principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidade reguladora vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil”, pontua o informativo.
A AMB e a SBI parabenizam todos os pesquisadores do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que participaram do processo de estudo das vacinas imunizantes contra a covid-19. As congratulações se estenderam à Anvisa, que realizou a análise técnica dos dados das vacinas apresentadas. “A autorização pela Anvisa para uso emergencial das vacinas CoronaVac e Covi Shield (Oxford) nos enchem de esperança, expectativa e otimismo”.
A carta também afirma que o órgão regulador foi sensível à gravidade da pandemia no Brasil, num momento que nenhum medicamento até o momento se mostrou eficaz e seguro contra o vírus causador da doença.
As sociedades médicas lembram que as vacinas têm o potencial de evitar a covid-19 grave, para, assim, ser possível controlar a pior crise sanitária dos últimos 100 anos. “Hoje, os brasileiros representam 10% dos óbitos por covid-19 no mundo. Precisamos mudar esta triste realidade”, continua o documento.
Tratamento precoce
“Não confundam o atendimento precoce com definição de qual remédio tomar. Nós recomendamos e orientamos que a pessoa doente procure imediatamente o posto de saúde, procure o médico e o médico faça o diagnóstico clínico desse paciente. Esse é o atendimento precoce. Que remédios o médico vai prescrever, isso é foro íntimo do paciente com o médico. O ministério não tem protocolos sobre isso”, declarou o ministro na ocasião.
Porém, a afirmação do ministro é controversa uma vez que, em maio do ano passado, o Ministério da Saúde elaborou um protocolo que indica o uso da cloroquina como tratamento contra o novo coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que não existe fármaco com eficácia comprovada contra a covid-19.
*Estagiária sob supervisão de Andreia Castro
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