O presidente Jair Bolsonaro defendeu mais uma vez a utilização da hidroxicloroquina por pessoas que foram diagnosticadas com a covid-19. Nesta sexta-feira (15/1), ao conversar com apoiadores no Palácio da Alvorada, ele disse que o remédio pode impedir que a doença evolua para um estágio mais grave e que, se não surtir efeito, também não causará nenhum efeito colateral.
Ele fez o comentário ao falar sobre a situação de Manaus. A capital amazonense passa por um novo surto de covid-19 e está com o estoque de oxigênio para pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) praticamente zerado. Bolsonaro chegou a sugerir que a situação poderia ser diferente caso mais pessoas tivessem sido tratadas precocemente com hidroxicloroquina.
"O ministro da Saúde (Eduardo Pazuello) esteve lá na segunda, providenciou oxigênio. Começou o tramento precoce, que alguns criticam. Quem critica, não tome. Fique tranquilo. Agora, tem médico que vai receitar e pode receitar tratamento precoce. Se o médico não quiser, procure outro médico. Não tem problema", afirmou o presidente.
Ele lembrou que cerca de 200 funcionários que trabalham no Palácio do Planalto contraíram o novo coronavírus, foram medicados com hidroxicloruqina e não apresentaram nenhuma reação adversa e nem precisaram ser hospitalizados.
"Não tem efeito colateral. Alguns (dizem): 'a ciência'. Calma, rapaz. Esse medicamento, a hidroxicloroquina, são 70 anos. Não tem efeito colateral, não é possível. Se não surtir efeito, não vai acontecer nada pra ele (paciente). Agora, se esperar sentir falta de ar, for pro hospital pra ser entubado, mais ou menos 70% morrem. Vamos tomar cuidado."
Vacinas
Durante a conversa, o presidente reforçou o discurso de que não vai obrigar os brasileiros a se vacinarem contra a covid-19. Como nenhum imunizante ainda está registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ele disse que é uma irresponsabilidade aplicar a vacina em todos.
"Se depender de mim, não vai ser obrigatória (a vacina). Não estou fazendo campanha contra a vacina. Agora, é uma vacina experimental. Então, obrigatoriedade fica sendo irresponsabilidade. Queriam aplicar em criança. As informações que temos é que não foi testado, ainda, em criança", disse.
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