O governo de São Paulo anunciou os novos rumos da educação no estado nesta quarta-feira (13/1). O governador João Doria, o secretário de Educação, Rossieli Soares, e o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, falaram em encontro on-line sobre os próximos passos a serem dados pelas escolas estaduais na unidade federativa a partir dos próximos meses.
A partir de 1º de fevereiro, 645 municípios do estado vão voltar a ter aulas presenciais nas escolas da rede pública estadual. A retomada para este ano foi autorizada para todas as escolas que estão no Plano São Paulo, obedecendo todos os requisitos no Centro de Contingência do Coronavírus. O posicionamento dos prefeitos do ABC paulista é contrário à determinação estadual e, se necessário, disseram que podem recorrer à Justiça.
“Temos mantido diálogos constantes e, inclusive, nossas diretorias de ensino têm falado semanalmente, quase que diariamente, com as secretarias municipais de educação, não só na região do ABC, como em todo estado. Hoje, mesmo, estivemos com os prefeitos e secretários municipais de Educação em reunião tratando, entre outros temas, da retomada das aulas. Abertos à discussão, nós estamos, mas defendendo a posição muito clara de que Educação precisa ser a prioridade”, disse o secretário Rossieli Soares.
Segundo ele, não faz sentido que determinados setores permaneçam fechados à espera de uma vacina, como a educação, e que os outros funcionando normalmente. "Não há motivo para autorizarem a iniciativa privada (de ensino), e não há pública, na mesma data. Qual a justificativa epidemiológica? Vai esperar a vacina para um, mas não para o outro? Me parece muito mais que talvez não estejam tão prontos assim, enquanto nós estamos", apontou Soares.
O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, reforçou o diálogo com a região que se mantém inerte ao retorno e disse: "Vamos dialogar sobre a importância do retorno às aulas e confiamos nesse convencimento para poder fazer a educação como uma prioridade, também, no ABC paulista". Os estudantes terão de frequentar pelo menos 1/3 das atividades escolares de forma presencial.
Educação e tecnologia
Para fazer dar certo, o governo do estado também informou o lançamento do programa Conecta Educação, com um investimento de R$ 1,5 bilhão em tecnologia nas escolas estaduais. “É um grande passo da Educação de São Paulo. De colocar a geração de alunos e professores no mundo digital. A crise e a pandemia nos fizeram acelerar fortemente esse processo e antecipar etapas para colocar conectividade”, disse o governador João Doria.
Conectividade
Ele afirmou que foram permitidas as compras de um pacote de tecnologia que inclui notebooks, desktops, wif-fi, estabilizadores, TVs, entre outros itens, para melhorar a conectividade nas 5,1 mil escolas da rede estadual, além de 700 mil chips para permitir internet gratuita e cerca de R$ 2 mil por professor para aquisição de computadores. A licitação foi realizada em parceria com a Prodesp — empresa de tecnologia do estado.
“O país precisa fazer um mergulho profundo no apoio à educação para formarmos uma geração poderosa de jovens capacitados a enfrentar desafios de uma nova economia, geração e ocupação de espaços na empregabilidade e estímulo à atividade empreendedora. E assim faremos aqui em São Paulo”, declarou.
Mais vagas nas creches
Na reunião on-line, as autoridades também anunciaram um investimento de R$ 80 milhões para ampliar vagas para creches estaduais. O diferencial para este ano é que as prefeituras poderão ofertar seus próprios projetos de obras para construção. A quantidade de vagas vai depender das demandas dos municípios. Mais detalhes sobre o programa serão publicados em resolução nos próximos dias.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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