O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quarta-feira (23/12), que nenhum voluntário do grupo vacinal do estudo clínico da CoronaVac desenvolveu um caso de covid-19 considerado grave. De acordo com ele, foram detectados casos graves da doença entre os voluntários, mas nenhum deles pertencia ao grupo que tomou a vacina. Sendo assim, os primeiros dados do estudo de fase 3 da CoronaVac indicam que todos os casos graves foram registrados nos voluntários que receberam placebo.
“Nós tivemos no nosso corte casos considerados clinicamente graves. O grau de proteção dessa vacina em relação a esses casos foi de 100%, ou seja, no grupo vacinal não teve nenhum caso grave. Esse é um dado importante”, afirmou o diretor em coletiva de imprensa.
No encontro com os jornalistas, o Instituto iria, a princípio, apresentar os dados oficiais de eficácia da CoronaVac, porém, o Butantan adiou a divulgação dos números oficiais por questões contratuais com a Sinovac.
Covas ainda relatou que todos os efeitos colaterais detectados foram leves, sendo o mais frequente a dor no local da injeção. “É um padrão de segurança, já apresentado anteriormente, que se confirma. Os efeitos confirmam os dados que têm sido observados na China com mais de 300 mil pessoas vacinadas”, explicou.
O diretor do Butantan classificou a CoronaVac como a “vacina mais segura de todas que estão em teste neste momento” no Brasil. “Tem um excelente perfil de segurança”, indicou.