Diante das pressões sociais e de governos de estados para iniciar a vacinação contra a covid-19 o quanto antes, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, atualizou o Congresso sobre a possibilidade de que parte dos grupos prioritários receba a primeira dose do imunizante já no fim de janeiro de 2021, "na melhor hipótese".
"Estamos nos preparando para iniciar 2021 com a vacina, se Deus quiser, assim que registrada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). [...] A previsão nossa, como sempre, é final de janeiro, na melhor hipótese, e indo até meio e final de fevereiro, em uma pior hipótese".
Até então, Pazuello só havia revelado a data mais otimista em reuniões reservadas com gestores da Saúde da pasta, de estados e municípios. No entanto, em notas oficiais, o Ministério da Saúde sempre manteve a previsão mais conservadora.
Na última quarta-feira (16), após apresentar o novo plano nacional de vacinação contra a covid-19, Pazuello citou fevereiro de 2021 como uma possível data para o início da imunização.
As estimativas iniciais deixavam para março a aplicação das primeiras doses, mas a data foi fortemente criticada, sobretudo pelo governo de São Paulo, que garante ser possível, a partir das doses da CoronaVac, começar a campanha em 25 de janeiro.
Após forte embate político entre Doria e o presidente Jair Bolsonaro, prováveis opositores para as eleições de 2022, o governo federal finalmente avançou nas negociações com o Instituto Butantan, desenvolvedor da CoronaVac, em conjunto com a chinesa Sinovac. Há, inclusive, a expectativa de ampliação da oferta de 46 para 100 milhões de doses da candidata para o primeiro semestre de 2021.
No breve discurso no início da audiência, Pazuello reforçou que a pasta caminha para que o país tenha vacinas "de várias matizes".