As seis pessoas envolvidas na morte do soldador João Alberto Silveira Freitas viraram réus, ontem, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Todos responderão por homicídio triplamente qualificado com dolo eventual –– motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, os dois seguranças que participaram diretamente do assassinato, seguem presos preventivamente. Já Adriana Alves Dutra, fiscal da loja que acompanhou a dupla enquanto agredia João, recebeu prisão domiciliar.
Já o pedido de prisão de Rafael Rezende e Kleiton Silva Santos, funcionários da loja, e de Paulo Francisco da Silva, que atuava na empresa de segurança terceirizada Vector, foi negado. Mesmo assim, os três vão responder por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
“Os três réus denunciados por participação preenchem os requisitos subjetivos para responderem ao feito em liberdade. Não têm qualquer antecedente criminal, possuem emprego e residência fixos. Não representam risco à instrução criminal nem demonstram risco de se evadirem ao processo, ao menos, não até agora”, afirmou a juíza da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, Cristiane Busatto Zardo, ao negar os pedidos de prisão preventiva feitos pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. Ela considerou que tiveram atuação menor no crime.
A magistrada observou que Adriana teve participação direta na morte de Jão Alberto, pois aparece em imagens acompanhando o estrangulamento e os socos. Por conta disso, reconheceu que a prisão temporária deflagrada contra a fiscal deve ser convertida em preventiva, sem prazo para terminar –– convetida em domiciliar por conta de quadro de doença nefrológica severa e crônica apresentado pela defesa de Adriana, com laudos e exames.