Em meio aos aumentos de casos e mortes pela covid-19, o Brasil atingiu, nesta quinta-feira (17/12), marcas que não eram vistas desde setembro, ainda no epicentro da pandemia. Foram registradas mais 1.092 óbitos e 69.826 novas infecções nas últimas 24 horas. O incremento, no entanto, foi afetado pelo número de casos acumulados de São Paulo, já que o balanço diário anterior não havia contabilizado os novos números do estado. Mesmo assim, a semana tem sido de alta nos acréscimos, com mais de 900 mortes sendo registradas também na terça e na quarta.
Nas últimas semanas, o percentual de pessoas que não estão recuperadas também mostra incremento. São 747.905 acompanhamentos, o que representa 10,5% dos casos de covid. No primeiro dia de dezembro, este percentual era de 8,7%. No início de novembro, quando o país chegou a registrar menos de 200 óbitos em um dia, o índice girava em torno de 7%.
A nova onda de aumentos, que ocorre desde novembro, tem feito a média diária de infecções e óbitos também subir. De acordo com análise do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, por dia, morrem, em média, 723 pessoas, com um acréscimo diário de 46.948 casos. A média móvel de casos é recorde. Já a maior marca registrada pelo Conass foi de 46.536 em 29 de julho, considerado o mês no qual o Brasil atingiu o pico da curva da covid-19.
Desde o início da pandemia, o Brasil já soma 184.827 mortes e 7.110.434 casos de covid-19. No ranking mundial, o país ocupa a segunda pior posição em relação ao número de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos, que tem 309.947 fatalidades, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. Em relação ao total de casos, o Brasil só não supera os EUA (17.149.231) e a Índia (9.956.557).