O Ministério Público de Goiás ofereceu uma nova denúncia à Justiça contra o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, por crimes sexuais contra sete mulheres. No mesmo documento, há depoimentos de outras 11 vítimas, mas, como os casos estão prescritos, elas aparecem apenas como testemunhas.
Esta é a 13ª denúncia contra o místico e foi formalizada na última terça-feira, dois anos após sua prisão. Desta vez, João de Deus é acusado por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.
Segundo a Promotoria de Justiça de Abadiânia, a denúncia reúne relatos, testemunhos, documentos e fotos relacionados a crimes que teriam ocorrido entre 1999 e 2018. As vítimas seriam de Goiás, Pará, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Bahia.
Condenado por abusar sexualmente de mulheres durante os atendimentos que fazia, João de Deus acumula 63 anos e quatro de meses de prisão por três denúncias diferentes: estupros contra cinco mulheres (40 anos em regime fechado), violação sexual mediante fraude contra duas mulheres e estupro de vulnerável contra outras duas (19 anos e quatro meses em regime fechado) e porte ilegal de armas (quatro anos em regime aberto). O médium nega as acusações de abuso sexual.
Ele ficou preso entre dezembro de 2018 e março de 2020 no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região do Entorno de Brasília. Mas deixou o presídio para cumprir pena em regime domiciliar por pertencer ao grupo de risco de contágio pela covid-19 no presídio. Desde então, é obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com testemunhas e vítimas.
No início de novembro, João de Deus chegou a passar por uma cirurgia, mas já recebeu alta médica e vem fazendo acompanhamento.