O homem preso acusado de matar a esposa grávida em 2019, durante uma relação sexual, em Várzea Paulista, município em São Paulo, chegou a escrever uma falsa "carta de despedida" em que dizia que o casal teria "decidido partir junto".
O portal G1 Sorocaba e Jundiaí teve acesso ao conteúdo da investigação, quase um ano após o crime. Em um trecho, Marcelo Augusto de Sousa Araújo escreveu: "Decidimos partir juntos. Queríamos família junta nos apoiando, mas é um inferno tanto dos dois lados. Que vocês sintam o peso do que nos fizeram passar”.
Por fim, o homem foi denunciado pelo Ministério Público por feminicídio e, ainda sem data definida, será julgado pelo Tribunal do Júri. A esposa, Francine Rigo dos Santos era maquiadora, tinha 21 anos e estava grávida de poucos meses.
Laudo do Instituto Médico Legal
O laudo necroscópico, anexado aos autos do processo em 1 de dezembro, aponta que Francine apresentava um corte na garganta, fratura no punho direito e traumatismo craniano. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), os ferimentos causaram parada respiratória, parada cardiocirculatória, inconsciência, hipotermia e desidratação.
No começo deste ano, o marido, durante interrogatório, havia revelado que usou uma lâmina para matar Francine durante uma relação sexual.
Relembre o que aconteceu
O homem é acusado de ter matado Francine em 22 de dezembro de 2019. Após o crime, Marcelo, no dia 23, chegou a fazer publicações no Facebook da esposa se passando por ela em que dizia que Francine “não aguentava mais a pressão psicológica” da família contra a união do casal.
Ainda no dia 23, como a família não havia conseguido ter contato com Francine, os parentes arrombaram a porta da casa em que vivia o casal e a encontraram sem vida. À época, Marcelo foi achado com ferimentos nos pulsos e no pescoço após tentar suicídio. Ele foi levado à unidade de pronto atendimento de Várzea Paulista e, depois, encaminhado para a delegacia.
A polícia informou que o marido confessou o assassinato e disse que o crime aconteceu depois que os dois discutiram porque a vítima contou que estava grávida.