Aproximadamente 920 mil pessoas vivem, atualmente, com HIV no Brasil. É o que afirma o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2020, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, data em que é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a Aids. De acordo com a pasta, do total de pessoas que tem o vírus, 89% foram diagnosticadas com a doença, 77% fazem uso do antirretroviral e 94% em tratamento não transmitem o HIV por via sexual –– a carga viral é indetectável. Até outubro deste ano, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento e, em 2018, o número de pacientes que utilizavam tais medicamentos era de 593.594.
A taxa de detecção de Aids no Brasil está em decréscimo desde 2012. O número passou de 21,9 casos por 100 mil habitantes, naquele ano, para 17,8/100 mil em 2019 — queda de 18,7% no número de registros da doença. A taxa de mortalidade caiu 17,1% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram reconhecidos 12.667 óbitos provocados pela Aids, mas, em 2019, foram 10.565.
O ministério estima, ainda, que em torno de 10 mil casos de Aids foram evitados no Brasil, entre 2015 e 2019. O maior número de registros está entre pessoas de 25 e 39 anos: são 492,8 mil casos, dos quais 52,4% relacionados ao sexo masculino e 48,4%, ao feminino. De janeiro a outubro, o ministério distribuiu 7,3 milhões de testes rápidos de HIV, 332 milhões de preservativos masculinos e 219 milhões de preservativos femininos.
*Estagiária sob supervisão de Fabio Grecchi