MEIO AMBIENTE

'Podia ser pior', diz Mourão sobre aumento de desmatamento

Para o próximo ano, vice-presidente disse que a expectativa é de redução no índice de desmatamento da Amazônia

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira (1º/12) que o índice de desmatamento na Amazônia poderia ser "pior ainda". A declaração foi feita a jornalistas após ser questionado sobre os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mostram que a área desmatada na Amazônia em um ano é a maior desde 2008.

"Vamos dizer o seguinte: foi menos pior. Essa é a realidade. Podia ser pior ainda", disse o general. "A expectativa que nós tínhamos, inclusive já tinha até sido publicada, é que ia dar 20% acima do ano passado, então, deu 9,5%", justificou na chegada ao Palácio do Planalto.

Para o próximo ano, disse, a expectativa é de redução no índice de desmatamento. "Qual é o estado final desejado? É que só haja o desmatamento dentro da legislação, aquele que são os 20% de cada propriedade, que não ocorra nada em unidade de conservação, que não ocorra nada em terra indígena e que não ocorra nada em terra pública", emendou Mourão.

Segundo o Inpe, entre agosto de 2019 e julho de 2020, o desmatamento na Amazônia Legal somou 11.088km², dado 9,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado

Reunião com a Argentina

O general ainda falou sobre a reunião de videoconferência realizada na segunda-feira entre o presidente Jair Bolsonaro e o chefe do Executivo argentino, Alberto Fernández. Ele avaliou que a conversa "transpôs uma linha" e iniciou um diálogo "fundamental" para os dois países e o Mercosul.

"Se transpôs, vamos dizer assim, uma linha, e os dois presidentes iniciaram um diálogo que é fundamental para o Brasil e para a Argentina, que são os dois países, vamos dizer assim, importantes, aqui na nossa América do Sul; e, principalmente, para o nosso Mercosul nesse momento da nossa luta para fechar a aprovação do acordo com a União Europeia", concluiu.

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