Por decisão do governo de São Paulo, todos os 645 municípios do estado devem voltar à fase 1-vermelha do Plano São Paulo a partir de amanhã. A medida vale para amanhã (1º), sábado (2) e domingo (3).
A meta é tentar conter o avanço de casos do novo coronavírus que, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, cresceram 76% em dezembro em São Paulo, na comparação com novembro. As mortes também tiveram crescimento de 66% em relação ao mês anterior.
A média móvel de óbitos dos últimos sete dias, que chegou a estar abaixo de 100 entre o fim de outubro e a primeira quinzena de novembro, ultrapassou a 150 novas mortes em alguns dias de dezembro. A média móvel de casos também subiu e está hoje (31) em 6.258. O índice esteve abaixo de 4 mil em diversos dias de outubro e novembro.
Na fase 1-vermelha do Plano São Paulo só podem funcionar os serviços considerados essenciais nas áreas de abastecimento, segurança, transporte e saúde como mercados, farmácias, postos de combustível, padarias e lavanderias.
Com essa volta à fase vermelha, shoppings, bares, comércio de rua, academias, restaurantes, concessionárias, escritórios, eventos culturais e salões de beleza não poderão funcionar nestes dias.
Depois desse período, o estado volta para a fase 3-amarela do Plano São Paulo, em que comércio e serviços podem operar com até 40% de capacidade e horário de funcionamento restrito.
Fases
Apenas a região de Presidente Prudente deve permanecer na fase 1-vermelha a partir de segunda-feira (4). Uma nova reclassificação do Plano São Paulo está agendada para 7 de janeiro.
O Plano São Paulo é dividido em cinco fases, que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).
O plano divide o estado em regiões e cada uma delas é classificada em uma fase do plano, dependendo de fatores como a capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.
Descumprimento
Algumas cidades paulistas, algumas delas litorâneas, já anunciaram que não pretendem cumprir a medida do governo de SP e vão manter o comércio e serviços abertos durante estes três dias.
Por isso, o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, expediu recomendação aos prefeitos para que sigam as determinações do governo e entrem na fase 1-vermelha. Segundo ele, os municípios que não acatarem a determinação poderão responder judicialmente.
Em um artigo encaminhado ontem à imprensa, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que as cidades, que, por qualquer razão, não seguirem os protocolos, serão notificadas junto ao Ministério Público. "O integral cumprimento das normas é fundamental para contenção das taxas de contaminação da covid-19 em todo o estado de São Paulo", escreveu ele, no artigo.
Casos
Balanço divulgado hoje (31) pela Secretaria Estadual da Saúde informa que o estado encerrou este ano com 1.462.297 casos confirmados de covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus), com 46.717 mortes. Somente nas últimas 24 horas, houve 10.219 casos e 240 novas mortes pela doença.
As taxas de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) estão em 65% na Grande São Paulo e 61,3% no estado.
O número de pacientes internados é de 10.821, sendo 6.031 em enfermaria e 4.790 em UTIs. Dos 645 municípios do estado, 607 já registram ao menos um óbito provocado pelo novo coronavírus.
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