PANDEMIA

Covid-19: Brasil registra 55.202 casos e 968 óbitos nesta terça (22/12)

Novo balanço do Ministério da Saúde contabiliza 7.318.821 de infectados pelo novo coronavírus e 188.259 mortes desde o início da pandemia

Natália Bosco*
Carinne Souza*
postado em 22/12/2020 18:58 / atualizado em 22/12/2020 19:02
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press)

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil contabiliza 7.318.821 de casos do novo coronavírus e 188.259 mortes desde o início da pandemia. Nesta terça-feira (22/12), o país somou 55.202 novas infecções e 968 óbitos. Ao todo, a pasta conta 6.354.972 de pacientes recuperados e 775.590 em recuperação.

Os cinco estados que apresentam maior quantidade de novos casos nas últimas 24 horas são: São Paulo (10.714), Rio Grande do Sul (6.206), Paraná (6.102), Santa Catarina (4.671) e Minas Gerais (4.201).

As regiões que mais acumulam casos da doença são, respectivamente, Sudeste (2.546.383), Nordeste (1.825.196), Sul (1.268.796), Centro-Oeste (844.750) e Norte (833.696).

Prestes chegar às 200 mil mortes causadas pela covid-19, o médico infectologista da Fiocruz Brasília Cláudio Maierovich, alerta para a progressão de casos e a queda do distanciamento social. "As pessoas não deveriam ter sido induzidas a se comportar como se não houvesse pandemia. Todas as atividades funcionando normalmente, comércio funcionando de maneira irrestrita, viagens, festas, aglomerações, bares, restaurantes… tudo isso traz sua contribuição para a taxa elevada da transmissão", explica.

Ele também ressalta que medidas de saúde foram negligenciadas pelo governo do país, como um sistema de testagem rápida e eficiente que pudesse mapear a necessidade de quarentena e distanciamento. Mesmo que em atraso, Maierovich ressalta que não é tarde para tentar recuperar o prejuízo. "Se tomarmos algumas dessas atitudes agora, certamente colheremos frutos positivos lá na frente", disse.

Mutação do coronavírus 70% mais transmissível

Uma mutação do vírus foi identificada no Reino Unido e, de acordo com estudos científicos, possui uma taxa de transmissão 70% mais elevada do que a cepa original da covid-19. Apesar de não possuir mais riscos ou maior gravidade, a nova linhagem tem feito países do mundo inteiro restringirem voos vindos do Reino Unido.

Maierovich ainda avalia que, muito provavelmente, essa mutação já esteja circulando no Brasil. "Certamente já temos essa nova linhagem aqui, mas nosso problema é anterior a isso. Depois do momento inicial da epidemia, o Brasil reativou completamente as viagens internacionais e estaduais. Embora seja preocupante essa nova linhagem, as viagens aéreas são uma das atividades que facilitam a transmissão do vírus. As pessoas não têm viajado apenas por necessidade e o governo brasileiro não se preocupou em manter a população dentro do país. Essa nova linhagem é só mais um elemento que se sobrepõe a esse cenário, que já é caótico, para torná-lo pior", pontua.

*Estagiárias sob a supervisão de Andreia Castro

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