A Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu, nesta quinta-feira (17/12), proibir as festas privadas de réveillon nos quiosques da orla da cidade. Não serão permitidas apresentações ao vivo, "cercadinhos", ou qualquer outro evento que haja cobrança de ingressos. Determinação vale tanto para comemorações na areia ou no calçadão.
O presidente da Orla Rio, João Marcello, concessionária que administra os comércios presentes na orla, destaca, por meio de nota, que apenas 42 quiosques, dos 309 administrados, entraram com pedido para realizar eventos. "85% funcionariam na noite do réveillon da mesma forma que vêm operando desde a reabertura, em julho", explica.
Os quiosques foram autorizados a funcionar no último dia do ano com algumas restrições. São elas: utilizando apenas a área concedida do estabelecimento comercial, com quantidade reduzida de mesas, distanciamento de 1,5m entre elas, e seguindo todos os protocolos de segurança e higiene.
Por fim, João Marcello observa que a "preservação da vida é o que mais importa nesse momento e, por isso, entendemos e respeitamos a decisão da Prefeitura do Rio de não autorizar a realização de eventos maiores em alguns poucos estabelecimentos" (veja a íntegra da nota no fim deste texto).
De acordo com a empresa de turismo do município do Rio de Janeiro (Riotur), a medida é fundamental e segue a decisão tomada na última terça-feira (15/12) em cancelar, também, o réveillon oficial da cidade. "Seguimos para uma virada de ano com responsabilidade social", disse o presidente em exercício da Riotur Fabricio Villa Flor à ocasião.
Íntegra da nota da Orla Rio
"A Orla Rio, sempre atenta e acompanhando de perto a evolução de casos de contágio por Covid-19 na cidade, tinha plena ciência de que os eventos nos quiosques só seriam autorizados pelos órgãos competentes se houvesse uma melhora no cenário da pandemia. Vale ressaltar que apenas 42 quiosques, dos 309 administrados pela concessionária, entraram com pedido na Prefeitura do Rio para realizar eventos. 85% funcionariam na noite do Réveillon da mesma forma que vêm operando desde a reabertura, em julho.
A Orla Rio teve uma primeira reunião com a RIOTUR em 26/08 e, a partir dessa data, acreditando na melhora da pandemia no decorrer do ano, entrou com pleito junto ao órgão para análise do Comitê Científico sobre a liberação do funcionamento dos quiosques no Réveillon, seguindo uma série de cuidados e restrições. No entanto, desde o início, a Orla Rio, assim como os operadores dos quiosques, sabiam que nada estava garantido devido ao cenário de incertezas desse ano.
O processo seguiu em análise pela Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses em 13/10, acompanhando alguns sinais de melhora na pandemia. Em 3/11, a cidade entrou na fase conservadora e em 17/11, a Orla Rio conseguiu a aprovação do projeto da seguinte forma:
Os quiosques foram autorizados a funcionar, no dia 31/12, da mesma forma que vêm operando desde a reabertura, em julho: usando a sua área concedida, que faz parte do seu estabelecimento comercial, com quantidade reduzida de mesas, distanciamento de 1,5m entre elas, e seguindo todos os protocolos de segurança e higiene.
Os que optassem por fazer eventos, utilizando faixas de areia, deveriam entrar com pedido junto à Prefeitura do Rio. Para estes casos, com o intuito de preservar o uso habitual da praia durante todo o dia 31 e no dia 1 de janeiro, a Orla Rio, em consonância com a Prefeitura, pensou numa estrutura fácil e rápida de montar na noite do 31 e definiu um formato para os estabelecimentos seguirem, mas caberia ao órgão a autorização.
Para a Orla Rio, a preservação da vida é o que mais importa nesse momento e, por isso, entende e respeita a decisão da RIOTUR de não autorizar a realização de eventos maiores em alguns poucos estabelecimentos. A concessionária reforça que os quiosques poderão funcionar, na noite do dia 31, da mesma maneira que estão funcionando hoje."
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