Covid-19

Doria: Pazuello prometeu contrato de compra da CoronaVac até sexta (18/12)

Segundo o governador de São Paulo, ainda não há nenhuma comunicação oficial sobre a compra das doses da vacina chinesa, mas o ministro da Saúde teria prometido o encaminhamento do contrato

Maria Eduarda Cardim
postado em 17/12/2020 13:54 / atualizado em 17/12/2020 14:16
 (crédito: Governo do estado de Sao Paulo)
(crédito: Governo do estado de Sao Paulo)

O governador do Estados de São Paulo, João Doria, declarou nesta quinta-feira (17/12), que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu fazer o encaminhamento do contrato que propõe a aquisição de 45 milhões de doses da vacina CoronaVac, em caráter permanente, nesta sexta-feira (18). A informação teria sido passada ao governador por meio de uma ligação com Pazuello.

“Não recebemos nenhuma comunicação formal e oficial sobre a compra das vacinas. Ontem (quarta-feira), Pazuello me telefonou e prometeu fazer o encaminhamento até amanhã, sexta-feira, deste documento que propõe a aquisição de 45 milhões de doses da vacina do Butantan em caráter permanente, irretratável e irreversível”, afirmou durante a coletiva de imprensa.

Doria explicou que dessa vez o contrato seria feito em caráter permanente porque da última vez em que Pazuello anunciou a compra de doses da vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, o ministro foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro no dia seguinte.

"Porque é irretratável e irreversível? Porque já havíamos feito esse documento, apresentado pelo próprio ministro no dia 20 de outubro em uma reunião com 24 governadores, líderes do Congresso Nacional e a imprensa. Na ocasião, o ministro fez essa apresentação e no dia seguinte pela manhã, o presidente da República desautorizou o seu ministro da Saúde e disse que não compraria a vacina do Butantan”, explicou.

Dessa vez, Doria indica que é preciso de um documento definitivo do documento da pasta para a compra das vacinas. “Nós precisamos ter um documento firme, definitivo, irretratável e irrevogável, do Ministério da Saúde para a aquisição das vacinas do Butantan”, completou.

Pazuello fala em "partir para contrato"

Mais cedo, durante participação em uma audiência com senadores, o ministro da Saúde declarou que o cronograma de vacinação é construído em cima das previsões de entregas da CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer. O general indicou que a pasta está “partindo para um contrato” com o Instituto Butantan, já que até o momento somente memorandos de entendimentos foram acertados com o instituto.

Pazuello ainda indicou que teria disponível nove milhões de doses da vacina do Butantan já em janeiro. A declaração foi comentada pelo diretor do instituto, Dimas Covas, durante a coletiva de imprensa do governo do estado de São Paulo.

“Hoje (quinta-feira), o ministro anunciou a disponibilização do total de doses de vacinas incluindo as doses do Butantan no escalonamento. Nós apresentamos a entrega de nove milhões em janeiro, 22 milhões em fevereiro e 15 milhões em março. Isso foi apresentado e o ministro incorporou essas doses nos quantitativos que apresentou hoje. Portanto, eu entendo que é um plano já anunciado de incorporação dessas vacinas, e estamos aguardando a formalização da documentação”, avaliou Covas.

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