O cineasta brasiliense René Sampaio, conhecido pelo filme Faroeste caboclo, foi alvo da Operação Transoceânica, deflagrada, na manhã de ontem, pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e pela Polícia Federal. A ação apura indícios de irregularidades em contratos de publicidade e na contratação de obras do BRT Transocêanica Charitas-Engenho do Mato, feitos pela Prefeitura de Niterói.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região em órgãos públicos, empresas e residências no Rio de Janeiro, em Niterói e em São Paulo. A sede da Prefeitura de Niterói e a residência do prefeito, Rodrigo Neves (PDT), estão entre os locais onde a PF buscou provas. Os agentes também foram aos escritórios das produtoras de audiovisual de Sampaio, a KRM (Fulano Filmes) e Barry Company, das quais é sócio com Krysse Mello Gonçalves, que também é investigado, assim como Renato Pereira, que esteve ligado à empresa anteriormente.
Documento divulgado pelo MPF aponta que Rodrigo Neves teria pago para a Barry Company em torno de R$ 1,7 milhão, durante a campanha eleitoral de 2016. Na mesma época, a Prefeitura teria contratado a Fulano Filmes, por cerca de R$ 7 milhões, para executar serviços de assessoria de imprensa.
Ao Correio, a KRM afirmou, em nota, “que todos os serviços contratados foram entregues cumprindo o prazo, o escopo e o orçamento acertados em contrato com uma produtora, esta, sim, contratada pela Prefeitura e que os valores cobrados são condizentes com os de mercado”.
Por meio da advogada Maíra Fernandes, René Sampaio também se pronunciou dizendo que o trabalho dele nas empresas se limitava à direção criativa e artística.
Já a prefeitura de Niterói também se manifestou, classificando a ação de busca e apreensão como “absurda”.
* Estagiária sob supervisão de Fabio Grecchi
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