O governador de São Paulo, João Doria, voltou a pressionar o governo federal para a definição de uma data para a vacinação nacional contra a covid-19 nesta segunda-feira (14/12). Na ocasião, Doria criticou o fato de o Plano Nacional de operacionalização da vacinação contra a covid-19, divulgado na sexta-feira (11), não detalhar quando ocorrerá o início da campanha. "O Brasil quer menos política e mais vacina. Os brasileiros querem agilidade, querem proteção. O governo federal precisa correr pela vida", cobrou.
Outro motivo de descontentamento é o fato de a CoronaVac — vacina chinesa que, inclusive, está sendo produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan — não estar entre as candidatas previstas no Programa Nacional de Imunização (PNI). "A nossa recomendação é que o Ministério da Saúde e o Palácio do Planalto acreditem na ciência dos cientistas, nos médicos e na vida, e comecem a vacinar os brasileiros agora em janeiro", pressiona Doria. A previsão do início da vacinação da população de São Paulo foi anunciada para 25 de janeiro.
Mesmo pedindo "menos política e mais vacina", o governador voltou a fazer críticas diretas ao presidente Bolsonaro, com quem trava uma briga política desde o início da pandemia. "Infelizmente, aqueles que até pouco tempo menosprezavam o vírus, classificando como 'gripezinha', agora, passaram a criticar o esforço para vacinação dos brasileiros. São os mesmos que imaginavam que iriam resolver e sanar a gravíssima crise de saúde do país com a cloroquina ou até mesmo com o histórico de atleta", criticou, fazendo referência ao presidente da República.
Conass
O presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, também expôs preocupação em relação à vacinação contra a covid-19 no Brasil. “Estamos de fato deveras preocupados. Todos os secretários de Saúde do país têm um único objetivo: imunizar o quanto antes toda a população”, reforçou.
Carlos Lula colocou o Conass como mediador para resolver qualquer tipo de divergência entre o governo de São Paulo e o Ministério da Saúde. “O que o Conass pretende é mediar esse conflito para que possamos o quanto antes iniciar a imunização de todos nós. O objetivo afinal é um só”, afirmou.
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