Covid-19

Governo editará MP para "requisitar" vacinas produzidas no país, diz Caiado

O governador do estado de Goiás disse que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o informou que será editada uma medida provisória para tratar "dessa centralização e distribuição igualitária das vacinas" pelo governo federal. Medida incluiria a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac,

Maria Eduarda Cardim
postado em 11/12/2020 15:00 / atualizado em 11/12/2020 17:49
 (crédito: JOEL SAGET / AFP)
(crédito: JOEL SAGET / AFP)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que toda e qualquer vacina contra a covid-19 registrada e produzida no Brasil será requisitada, centralizada e distribuída aos estados pelo Ministério da Saúde. De acordo com Caiado, a informação foi passada a ele pelo próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com quem o governador se reuniu nesta sexta-feira (11/12).

Pelas redes sociais, Caiado informou que Pazuello declarou que uma medida provisória (MP) será editada para tratar “dessa centralização e distribuição igualitária das vacinas”.

“Toda e qualquer vacina registrada, produzida ou importada no país será requisitada, centralizada e distribuída aos estados pelo Ministério da Saúde. Pazuello me informou isso aqui em Goiânia, hoje. Nenhum estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de covid”, postou o governador.

O Correio entrou em contato com o Ministério da Saúde para confirmar a intenção de centralizar as vacinas contra a covid-19 por meio de uma MP, mas a pasta informou que quem responde oficialmente sobre a edição de medidas provisórias é a presidência da República. O Palácio do Planalto ainda não confirmou a veracidade da informação indicada por Caiado até a publicação desta reportagem, mas o espaço para manifestação continua aberto. 

A informação chega em meio uma briga política do presidente Jair Bolsonaro e do governador paulista, João Dória,  em torno da vacina CoronaVac, desenvolvida pela empresa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O governo de São Paulo anunciou a compra do imunizante e divulgou que a vacinação está prevista para começar em janeiro no estado. O Ministério da Saúde, porém, não conta com a compra da vacina até que exista um registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Em outubro, depois de Pazuello assinar um protocolo de intenção para adquirir 46 milhões de doses do imunizante, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro ao afirmar justamente o contrário e dizer que o governo não compraria a vacina.

O Ministério da Saúde garante que já teve conversas sobre a vacina CoronaVac e que está interessado em um imunizante que seja registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “De maneira clara e objetiva: esse ministério está interessado, sim, em uma vacina que seja registrada pela Anvisa, que se mostre eficaz e segura. E que passe por todos os processos para que possa, efetivamente, ser incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI)”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, durante uma das coletivas de imprensa realizadas pela pasta.

 

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