A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou, nesta sexta-feira (11/12), seis pessoas pela morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, homem negro brutalmente assassinado no supermercado Carrefour da Zona Norte de Porto Alegre, no dia 19 de novembro. A acusação alega homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Os indiciados são: dois funcionários do supermercado, Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende; dois seguranças, Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges; um funcionário da empresa Vector, Paulo Francisco da Silva; e Adriana Alves Dutra, funcionária que tentou impedir a gravação.
O inquérito aponta o racismo estrutural no crime, com atos de discriminação “desproporcional”, no que se refere à quantidade de pessoas envolvidas na ação, contra um só homem. “Temos convicção, sim, de que se a vítima fosse outra, alguém de uma condição social e econômica diferente de João Alberto, a situação poderia ser outra, certamente”, afirmou a delegada Roberta Bertoldo, que investiga o caso.
O inquérito revela também, após análise de profissionais, a causa da morte de João Alberto: asfixia. Giovane Gaspar da Silva, 24 anos, e Magno Borges Braz, 30 anos, estão presos desde o dia do crime. Junto a eles está Adriana Alves Dutra, 51 anos, que estava presente na hora do crime e impediu gravações.
Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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