Movimentos sociais, coletivos, organizações não-governamentais, partidos políticos e ativistas de várias partes do mundo devem realizar hoje manifestações para cobrar mais uma vez o esclarecimento do assassinato da então vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O crime, ocorrido em 14 de março de 2018, completa hoje 1.000 dias, sem que tenha sido apontado um mandante e explicados os motivos da execução.
A programação começa às 5h, com o Amanhecer por Marielle, e termina às 21h45, com jogral virtual e gritos na janela por justiça para a ex-vereadora do Rio. Às 13h haverá coletiva de imprensa, via Zoom, com parlamentares do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) do Rio de Janeiro, ao qual Marielle era filiada. A partir das 14h, haverá pronunciamento de parlamentares em todo o Brasil sobre os 1.000 dias sem respostas.
“A nossa expectativa é de que possamos reunir o máximo de pessoas em prol dessa energia que a nossa família merece e precisa, para continuar seguindo e pedindo por justiça pela Mari e pelo Anderson”, afirmou Anielle Franco, irmã de Marielle e fundadora, com seus pais e Luyara, filha de Marielle, do instituto Marielle Franco.
“É mais uma manifestação no caráter de apoiar a família e todos que acreditam na Mari, as mulheres que estão sendo eleitas e ameaçadas”, disse Anielle. “A grande a importância, também, de podermos seguir e entender que não foi um crime qualquer, e que todo mundo se una com a gente nesse pedido por justiça e que possamos caminhar com outras pessoas, não só aqui, mas no mundo inteiro, em busca de respostas”, completou.
Marielle e Anderson foram assassinados quando 13 tiros foram disparados contra o carro em que estavam, no centro do Rio de Janeiro. Cada uma das vítimas foi atingida com quatro tiros. Marielle Franco morreu aos 38 anos e não chegou a completar um ano de mandato. Ela havia sido eleita, vereadora para a Legislatura 2017 — 2020, com 46.502 votos. Política e socióloga, ela denunciava casos de violência policial nas periferias do Rio e era defensora dos direitos humanos.
Pouco antes do crime completar um ano, foram presos, como executores Roni Lessa, um policial militar reformado, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz. Segundo as investigações, Lessa foi o responsável pelos 13 disparos enquanto Queiroz dirigia o veículo em que os criminosos estavam, um Cobalt prata. Os criminosos seguiram Marielle por alguns bairros até atirarem em seu veículo ainda em movimento. A perseguição foi capturada por câmeras de segurança na rua.
*Estagiários sob supervisão de Odail Figueiredo
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