O governo de São Paulo lançou, nesta segunda-feira (7/12), o programa estadual de imunização contra a covid-19. A campanha, separada em fases, está planejada para começar em 25 de janeiro de 2021 com aplicações em profissionais de saúde e pessoas com mais de 60 anos.
“A escolha do público-alvo leva em consideração a incidência de óbitos de coronavírus no estado de São Paulo. No total, 77% das mortes pela covid foram concentradas em pessoas acima de 60 anos. Serão imunizados, também, os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à doença. São os nossos heróis e estão nessa primeira fase”, detalhou o governador João Doria (PSDB).
Na primeira fase, também entram na campanha indígenas e quilombolas. Esses três grupos representam um total de nove milhões de pessoas no estado de São Paulo. Até mesmo as prioridades serão vacinadas em subescalas: serão nove semanas de primeira fase, com cada pessoa recebendo duas doses da CoronaVac, vacina chinesa com parceria do Instituto Butantan.
“É muito importante colocar essa escala por faixa etária, justamente para que a gente possa não causar aglomeração nas unidades básicas, manter o distanciamento social e fazer uma vacinação segura”, justificou a coordenadora de controle de doenças da Secretaria de Saúde, Regiane de Paula.
Cronograma
Em 25 de janeiro, começam a receber a primeira dose os profissionais de saúde e indígenas. Em seguida, a prioridade de vacinação é para idosos com 75 anos ou mais, marcada para 8 de fevereiro. Pessoas entre 70 e 74 anos recebem a primeira dose em 15 de fevereiro; de 65 a 69 anos, 22 de fevereiro; e de 60 a 64, em 1º de março. As segundas doses estão marcadas para ocorrerem 21 dias após a aplicação da primeira.
A vacina será de graça e disponibilizada pelo sistema pública de São Paulo. Durante o anúncio, Doria afirmou que o governo local deve fornecer quatro milhões de doses da CoronaVac a estados que solicitarem, a partir de 25 de janeiro. “O objetivo é que os estados que solicitarem possam iniciar a imunização dos profissionais de saúde, público prioritário no programa de combate à covid-19. E possam fazê-lo da forma mais rápida possível, reconhecendo o sacrifício daqueles que arriscam suas vidas todos os dias para salvarem vidas”.
O plano estadual antecipa em dois meses as previsões do Programa Nacional de Imunização (PNI), anunciadas pelo Ministério da Saúde. “Não estamos virando as costas para o PNI, mas precisamos ser mais ágeis e, por isso, estamos nos antecipando. Me pergunto: por que iniciar a imunização dos brasileiros em março se podemos fazer isso em janeiro?”, questionou, mais uma vez, o governador, frisando a pressão que iniciou desde a semana passada, mas que até o momento não foi rebatida pelo MS.
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