A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (3/12), em Minas Gerais, 11 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha especializada no tráfico de pessoas. De acordo com as investigações, os criminosos enviavam brasileiros para entrada ilegal nos Estados Unidos. A operação contou com apoio da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega — Homeland Security Investigations (HSI), na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília.
A corporação informou que entre os presos estão ex-prefeitos, um prefeito eleito e um vice-prefeito em fim de mandato, todos de cidades da região de Governador Valadares. Se condenados, os acusados podem pegar até 16 anos de prisão por tráfico de seres humanos.
As diligências tiveram início após três unidades da PF identificaram que criminosos do mesmo grupo estavam atuando no esquema criminoso. A preferência do grupo era por crianças e adolescentes, que seriam enviadas para tentativa de ingresso no solo norte-americano, onde as famílias chegavam a pagar U$ 22 mil dólares (mais de R$ 100 mil) para iniciar a travessia.
21 mandados
No trajeto, as vítimas sofriam com condições desumanas, corriam risco de morte e eram obrigadas a corromper autoridades de imigração do México. De acordo com a PF, além das prisões, foram cumpridos "21 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Governador Valadares e cumpridos nas cidades mineiras de Governador Valadares (uma prisão temporária e uma busca e apreensão), Tarumirim (quatro prisões temporárias e 10 buscas e apreensões), Alvarenga (duas prisões temporárias e três buscas e apreensões), Campanário (uma prisão temporária e uma busca e apreensão), Engenheiro Caldas (uma prisão temporária e quatro buscas e apreensões), Piedade de Caratinga (uma prisão temporária e uma busca e apreensão) e Virginópolis (uma prisão temporária e uma busca e apreensão)".
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