A Polícia Federal, em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, deflagrou, nesta quarta-feira (25/11), uma operação contra criminosos que compartilham imagens de pornografia pela deep web — uma das camadas mais profundas da internet. Estão sendo cumpridos 219 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.
As ações ocorrem no âmbito da operação Black Dolphin, que mira acusados de compartilharem conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. De acordo com as investigações, os alvos utilizam navegadores de internet específicos e ferramentas para manter o anonimato, e tentar escapar das autoridades.
No entanto, a PF tem presença constante na rede, e, por meio da infiltração de agentes no ambiente virtual e programas de localização de imagens, consegue localizar e identificar as práticas criminosas. A corporação informou que a deep web é“palco de atividades ilegais, onde os criminosos se valem do anonimato para exibir, acessar e compartilhar imagens de abuso sexual infantil de forma a evitar a ação policial”.
Black Dolphin
Em nota, a PF informou que o nome da operação se refere a uma prisão de segurança máxima na Rússia. Em diálogos em páginas destinadas a fóruns de pedofilia, os investigados afirmavam que somente esta unidade prisional poderia segurá-los. “Foi escolhido em razão dos investigados afirmarem que as leis brasileiras são ridículas e que não haveria prisão, no Brasil, capaz de segurá-los; e que em razão de suas habilidades, somente a Colônia 6 Russa, conhecida como Black Dolphin, seria capaz de detê-los”, destacas um trecho da nota.