VACINA

Conass diz que questão sanitária não deve ter 'lados antagônicos'

Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde manifestou apreensão com os episódios que culminaram na interrupção dos estudos da CoronaVac

O presidente do Conselho Nacional de Secretário de Saúde (Conass), Carlos Lula, divulgou uma nota manifestando preocupação com os episódios que culminaram na interrupção dos estudos da vacina contra covid-19, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

A CoronaVac teve os testes suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após um"efeito adverso grave" em um dos voluntários. Mas depois se soube, conforme boletim de ocorrência da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, que a morte teria sido um suicídio, não guardando relação com a vacina.

“A questão sanitária grave que enfrentamos não deve possuir lados antagônicos, mas esforços convergentes. Milhões de brasileiros aguardam por uma solução definitiva e o papel de cada um dos envolvidos deve ser o de tranquilizar nossa população”, pontuou. O presidente ressaltou que o “Conass acredita que a investigação do possível evento adverso grave é necessário e demonstra a segurança e o rigor dos protocolos que resultarão numa vacina que nos livre da pandemia”.

Investigação

Mas tão importante quanto ter segurança em relação à vacina, destaca, “é indispensável celeridade da agência reguladora e das autoridades sanitárias para investigar o nexo causal do evento adverso com a vacina e, em caso de descarte, permitir a retomada dos testes”, pontuou. Lula frisou que a suspensão de testes da vacina “deve ter um tratamento estritamente técnico na relação entre os atores envolvidos e na comunicação sobre o andamento do desenvolvimento da pesquisa”.

“O Conass acredita que o Ministério da Saúde conduzirá de modo republicano o país na aquisição de vacinas para vencer a pandemia e que o diálogo deva ser o principal mecanismo de resolução de conflitos”, frisou.

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