O Ministério da Saúde, registrou ontem 279 mortes e 18.862 novos casos do novo coronavírus no Brasil. O número de óbitos diários apresentou uma queda notável em relação a última quinta-feira, quando a atualização foi de 630, mas isso ocorreu devido aos problemas técnicos enfrentados pela pasta nesta semana, que derrubaram o sistema digital da pasta e inviabilizaram a atualização dos dados. O país já soma 5.631.181 diagnósticos positivos e 162.015 mortes.
O ministério prometeu atualizar as informações após restabelecimento da rede. Devido ao problema, cinco estados não tiveram os números alterados: São Paulo, Santa Catarina, Amazonas, Tocantins e Amapá. No Brasil, das 27 unidades federativas, 24 registram números acima de mil mortos pelo novo coronavírus.
São Paulo (39.717), Rio de Janeiro (20.849), Ceará (9.393) são os três estados com mais vítimas da covid-19 no país.
Em seguida estão: Minas Gerais (9.199), Pernambuco (8.711), Bahia (7.754), Pará (6.779), Rio Grande do Sul (5.973), Goiás (5.869), Paraná (5.330), Amazonas (4.607), Maranhão (4.112), Espírito Santo (3.910), Mato Grosso (3.848), Distrito Federal (3.733), Santa Catarina (3.173), Paraíba (3.146), Rio Grande do Norte (2.598), Piauí (2.459), Alagoas (2.262), Sergipe (2.235), Mato Grosso do Sul (1.634), Rondônia (1.473), Tocantins (1.108).
Apenas três estados registram menos de mil fatalidades pela covid-19 cada: Amapá (751), Acre (697) e Roraima (695).
Apesar de ter conseguido reduzir a média móvel de óbitos, indicador que calcula a média de registros dos últimos sete dias, que é de 363 mortes, segundo levantamento feito pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o número ainda preocupa infectologistas. A morte pela covid-19, que ainda é uma realidade constante no Brasil, pode ser mais real para alguns profissionais do que para outros.
É o que mostra um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ontem, que revelou o quanto fatores socioeconômicos e ocupacionais influenciam na probabilidade de morte pelo novo coronavírus no estado do Rio de Janeiro. Uma das constatações é a de que trabalhadores dos setores de saúde e segurança apresentam, respectivamente, uma chance de morrer 146% e 125% superior à dos ocupados em outras atividades.
A análise, feita por pesquisadores do Ipea e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostra também que trabalhadores do comércio essencial, da imprensa e dos serviços essenciais têm, respectivamente, 30%, 49% e 38% mais chances de óbito que os demais grupos.