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STJ aciona PF para investigar possível ataque de hackers

Técnicos identificaram falhas no acesso ao ambiente virtual e órgão suspendeu todas as sessões. Sistema da Corte está fora do ar e arquivos podem ter sido comprometidos

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acionou a Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (04/11) para investigar um suposto ataque cibernético ocorrido na terça-feira (03/11). O sistema do tribunal está inacessível desde as 15h de ontem e técnicos do STJ avaliam possíveis danos. Julgamentos foram afetados e todas as sessões foram suspensas.

Segundo relatório técnico do tribunal, a princípio havia sido identificado apenas uma falha no sistema interno de proteção da rede. Depois, percebeu-se que o erro ocorria no acesso ao ambiente virtual. “Submeteu-se, então, essa informação ao suporte técnico do fabricante que, em nova análise, confirmou tratar-se de um ataque cibernético que comprometeu a integridade dos arquivos do sistema”, explica o relatório.

O documento também diz que foram derrubados todos os links de acesso à internet do STJ e o bloqueio de todas as contas de usuário que haviam acessado a rede nas últimas 24 horas.

Em comunicado oficial,o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, disse que o tribunal está “envidando todos os esforços técnicos para diagnosticar o evento ocorrido na tarde de ontem nos sistemas do STJ, sua extensão, sequelas a debelar e perspectivas de retomada à normalidade. Até que esse trabalho seja concluído, com rigorosa auditoria nos sistemas, peço a todos que não liguem seus computadores/terminais, ainda que os pessoais, que estejam conectados com algum dos sistemas informatizados da nossa Corte, até ulterior aviso desta Presidência”.

Assim, a ordem é que servidores e estagiários fiquem sem acessar o computadores ligados à rede do tribunal.

O ataque ao sistema do STJ gerou a suspensão ou a interrupção de todas as sessões, que vêm acontecendo virtualmente em decorrência da pandemia da covid-19. Estava previsto para análise. por exemplo, o recurso do ex-presidente Lula no caso do Triplex do Guarujá (SP), na Quinta Turma.

*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo

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