Após a Justiça da Santa Catarina inocentar o empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a promotora de eventos Mariana Ferrer, de 23 anos, em uma festa em dezembro de 2018, a defesa na vítima já recorreu da decisão do juiz, que aceitou o ato de Aranha como se fosse o equivalente a um "estupro culposo", crime que sequer existe na legislação brasileira.
O advogado de Mariana Ferrer, Júlio César F. da Fonseca, afirmou que a vítima já entrou com recurso, que foi aceito pelo juiz e encaminhado para o Tribunal da Justiça de Santa Catarina (TJSC) que vai reapreciar o caso. O processo voltou a correr em sigilo na Justiça. O Ministério Público, que já foi do entendimento que houve estupro de vulnerável, quando era representado pelo promotor Alexandre Piazza, se posicionou pela absolvição do empresário por "falta de provas de estupro de vulnerável".
O advogado da vítima também afirmou que Mariana está "muito mal" e enfrentando problemas psicológicos devido ao cansativo processo. "Nossa recomendação é de que ela evite dar entrevistas e falar sobre o assunto, o processo já é bem doloroso", afirma Fonseca.
Mariana chegou a ser humilhada pelo promotor durante a sessão de julgamento, que ocorreu em setembro, mas foi divulgada ontem nas redes sociais.
Por conta disso, o caso da promotora de eventos voltou a ganhar destaque nas redes nesta terça-feira. (03/11). A hashtag #justiçamariferrer foi um dos assuntos mais comentados durante a tarde.
*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo