Eleições

TRE-RJ defende fiscal que apontou arma para candidato a vereador

Em vídeo que viralizou no último sábado, fiscal aponta uma arma para um grupo de pessoas que realizava atividade de campanha em Anchieta, Zona Norte do Rio

Após um vídeo que mostra a ação de fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) viralizar ontem (31), no qual um deles levanta uma arma e aponta para o grupo que estava sendo abordado, incluindo um candidato a vereador, o órgão divulgou nota em que defende a ação.

A atividade de campanha ocorria em Anchieta, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na filmagem, dois fiscais, sem máscara de proteção contra a covid-19, forçam a apreensão do equipamento de som e outros materiais usados pelo candidato, que resiste e fala que a ação era “absurda e arbitrária”.

Após a disputa por uma caixa de som, um dos fiscais saca uma arma e aponta para o grupo, ordena que o candidato não se aproxime dele e se apresenta como terceiro sargento da Polícia Militar. De acordo com o TRE-RJ, muitos fiscais são policiais cedidos pela corporação, que mantém seus deveres de ofício e o porte de arma.

A juíza responsável pelas ações de fiscalização na capital, Luciana Mocco, defendeu que a medida é importante para garantir a segurança das equipes. O TRE-RJ nega que o policial tenha apontado a arma para o grupo e irá apurar se houve abuso na ação do fiscal.

“Tudo indica que o policial tirou a arma porque havia uma ameaça de injusta agressão. Mas o incidente será apurado com rigor e, caso seja constatado qualquer tipo de abuso, tomaremos as providências”, disse a magistrada.

Segundo o TRE-RJ, a abordagem ao candidato ocorreu porque ele havia instalado uma barraca em frente a um supermercado, além de ocupar a calçada com um boneco de dois metros de altura, quando a legislação eleitoral permite exclusivamente o uso de bandeiras e a colocação de mesas para distribuição de material de campanha, desde que não atrapalhem a circulação de pessoas e veículos.

Assassinato em Magé

Também ontem, o TRE-RJ se pronunciou sobre o homicídio da cabo eleitoral Renata de Castro Bezerra, ocorrido na manhã de sexta-feira (30), em Magé, na Baixada Fluminense. Segundo o juiz da 148ª Zona Eleitoral (ZE), Vítor Moreira Lima, não há elementos que indiquem motivação política no crime.

“Apesar de a vítima ter proximidade com vários políticos de Magé, é cedo e temerário dizer que há relação com o pleito. Os fatos que circundam esse evento brutal levam a crer que se trata de um crime vinculado à esfera da Justiça Comum”.

As polícias Federal e Civil investigam o caso.