Referência no quesito de citações científicas, o portal Web of Science divulga, todos os anos, os nomes dos pesquisadores mais citados em trabalhos científicos no mundo. Este ano, a lista traz 19 brasileiros - um deles, a professora da Universidade de Brasília (Unb), Mercedes Bustamante, chilena radicada no Brasil e uma das maiores autoridades em ecologia no país.
A plataforma computou menções da 6.389 pesquisadores, de 60 países, nas áreas de ciências, ciências sociais, artes e humanidades. Entre os citados, a produção de 3.896 deles teve impacto em áreas específicas, enquanto o conhecimento de 2.493 outros foram utilizados em campos de pesquisa diferentes dos que lhe são de origem, o que é chamado de cross field.
"É uma satisfação para qualquer pesquisador ter seu árduo trabalhado reconhecido por citações de colegas. Isso quer dizer que muitos cientistas leram seus trabalhos e reconheceram a importância", afirmou Paulo Artaxo, um dos brasileiros nessa lista. Artaxo falou ao site da A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A fundação apoia o trabalho de Artaxo e de outros dez citados pela Web of Science.
Brasileiros mais citados no mundo em 2019:
Paulo Artaxo (Geociências), do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP);
Álvaro Avezum (cross-field), do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese;
Andre Brunoni (cross-field), da Faculdade de Medicina (FM) da USP;
Geoffrey Cannon (Ciências Sociais), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP;
Henriette Azeredo (Ciências Agrícolas), da Embrapa Agroindústria Tropical em São Carlos;
Mauro Galetti (Meio Ambiente e Ecologia), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro;
Renata Bertazzi Levy (Ciências Sociais), da FM-USP;
Maria Laura C. Louzada (Ciências Sociais), do Instituto de Saúde e Sociedade da Universidade Federal de São Paulo (ISS-Unifesp);
Carlos Augusto Monteiro (Ciências Sociais), da FSP-USP;
Helder Nakaya (Imunologia), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP;
Anderson S. Sant'Ana (Ciências Agrícolas), da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);
Fernando C. Barros (cross-field), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
Mercedes Bustamante (cross-field), da Universidade de Brasília (UnB);
Adriano Gomes da Cruz (Ciências Agrícolas), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ);
Mônica Queiroz de Freitas (Ciências Agrícolas), do Departamento de Tecnologia dos Alimentos da Universidade Federal Fluminense (UFF);
Pedro Hallal (Ciências Sociais), da UFPel;
Luis Augusto P. Rohde (Psiquiatria e Psicologia), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
Felipe Schuch (Psiquiatria e Psicologia), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM);
Cesar Gomes Victora (Ciências Sociais), da UFPel.
Brasília no radar da Ciência
Doutora em geobotânica pela Universitaet Trier, na Alemanha, e mestre em ciências agrágrias, Mercedes Bustamante é referência no estudo do cerrado no Brasil. Nascida no Chile, a professora do departamento de ecologia completa 27 anos na Universidade de Brasília em dezembro desse ano. Pesquisadora do Instituto de Biologia do centro de ensino, ela já recebeu prêmios como o Verde das Américas e Cláudia, na categoria Ciência.
Suas pesquisas se dedicam especialmente a temas ligados a mudanças no uso da terra, biogeoquímica e mudanças ambientais globais. A professora foi membro do Comitê Científico responsável pela revisão do relatório sobre emissões de óxido nitroso (N2O) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), além de representar Brasil e América latina em diversas iniciativas ambientais de esforço internacional.
*com informações da Agência Brasil
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