Um dos indicadores que ajuda a definir como o novo coronavírus se espalha na região voltou a disparar no Brasil. De acordo com o novo levantamento do Imperial College de Londres, a taxa de transmissão (Rt) está em 1,10, ou seja, um grupo de 100 doentes é capaz de infectar outras 110 pessoas saudáveis. O aumento de uma semana para a outra foi exponencial, já que, na avaliação anterior, a Rt estava em 0,68.
Uma redução da Rt era observada desde setembro, mês em que houve variação perto do índice 1. O status de contágio era considerado lento a estagnado, passou pela breve fase de declínio e, agora, voltou aos níveis de expansão de contágio. No mapa dos 72 países analisados pelo Imperial College, o Brasil tem a 40ª pior situação, sendo que, na avaliação anterior, o país estava entre as cinco nações com Rt mais controlada.
A taxa de transmissão é um dos indicadores que ajuda no controle da epidemia, mas, para se manter baixa, precisa estar alinhada com outros elementos, como números de novos casos e óbitos, taxa de ocupação de leitos, além de dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).
Incrementos
O aumento da Rt acompanha o crescimento de novos casos e mortes por covid-19 que foram registrados no fechamento da semana 46. Houve um aumento de mais de 65% nas infecções em relação à semana epidemiológica 45, passando de 117.956 novos registros semanais para 195.398. O incremento das fatalidades foi de 42%, quando o acúmulo de mortes em sete dias variou de 2.385 para 3.389.
Com isso, as médias móveis tanto de infecções como de óbitos estão subindo. De acordo com a análise do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), por dia, estão morrendo 484 pessoas, na média, e há acréscimo diário de 28.776 casos.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.